Novo BI electrónico supom um passo avante na construçom do Estado policial

Apresentado restritamente na sua vertente utilitária administrativa e comercial para particulares, o novo bilhete pessoal de identidade electrónica começará a expedir-se na CAG a partir da próxima semana. O novo BI reforça ainda mais se cabe o controlo informático da cidadania e centraliza dados até agora geridos por distintas administraçons e organismos do Estado, dando mais umha volta de porca na intensificaçom da vigiláncia e o controlo social. O novo desenho do documento de identidade espanhol foi parabenizado pola totalidade de rádios, cadeias televisivas e jornais, que em tom apologista exaltam nestes dias os aspectos mais colaterais do bilhete –menor tempo de expediçom, facilidade de trámites administrativos e comerciais, autentificaçom da sinatura electrónica, etc.-. No entanto, esta parcial versom mediática para consumo maciço oculta aspectos essenciais do projecto que se implementará na CAG a meio da recente aprovaçom no ‘Consejo de Ministros’ do controlo das comunicaçons electrónicas. Prestaçons a cámbio de maior controlo social Assi, o bilhete de identidade electrónico consta dum chip que armazena além dos dados pessoais básicos, a sinatura electrónica e os certificados de autentificaçom desta, ambos acessíveis e mutáveis para @ usuári@. A inclusom do chip permitirá a realizaçom de trámites comerciais e administrativos de modo nom presencial, mas, como ‘contraprestaçom’, implicará um controlo policial muito mais estreito e directo sobre o indivíduo (gostos, informe sanitário, hipotecas, lugares de consumo e circulaçom, etc.), umha vez que é esperável a meio prazo que o novo BI seja imprescindível para a maior parte das gestons. Reitera-se, portanto, um modelo idêntico ao desenvolvido por volta da expansom da telefonia móbil: à prestaçom generalizada de serviços de evidente utilidade para a cidadania acompanha a existência dum controlo mais estreito, naquel caso, das comunicaçons pessoais. As facilidades que para qualquer gestom achegará a extensom da ‘identidade electrónica’ virá acompanhada, também, por um maior conhecimento da identidade, costumes, gostos, necessidades, lugares de estáncia, etc. dos indivíduos, informaçom que sem dúvida é do máximo interesse para o Estado, mas também para todo tipo de corporaçons privadas. Rápida implantaçom do novo sistema na Galiza Dada a dispersom populacional galega, o interesse do Ministério de Interior espanhol na rápida implantaçom do novo sistema evidenciava-se esta semana trás a iniciativa de habilitar unidades móveis que se deslocarám a todas as localidades que carezam de escritórios para a expediçom do novo BI.