Guarda Civil detém dous independentistas em Ponte Areas por sabotar simbologia do genocídio

Em pleno ‘Ano da Memória’ e a meio dum pretendido cámbio político na administraçom autonómica, a Guarda Civil espanhola demonstra mais umha vez a sua vocaçom autoritária, o seu carácter repressivo e as amplas margens de impunidade e manobra em que se desenvolve. Dous militantes independentistas vinculados à formaçom patriótica NÓS-Unidade Popular fôrom detidos na tarde de ontem em Ponte Areas por sabotar iconografia da Ditadura militar que arrasou Galiza entre 1936 e 1975. Os detidos som Paulo Porto e Abraám Alonso, respectivamente, integrante da Assembleia Aberta da Baiuca Vermelha, centro social vinculado a NÓS-UP, e membro da Direcçom Nacional da organizaçom política independentista. Tanto Porto quanto Alonso eram detidos na tarde de ontem na vila de Ponte Areas acusados de pintar de cor de rosa umha placa de homenagem ao dirigente fascista José Antonio Primo de Rivera. A sabotagem anónima fora recebida com manifesta simpatia por milhares de pessoas reunidas a primeiros de mês no Festival da Poesia do Condado. Ambos militantes fôrom conduzidos por agentes do instituto armado ao quartel de que este dispom em Ponte Areas. As detençons produziam-se por volta das 20:45 h. e a privaçom de liberdade prolongou-se até meia noite no quartel de Ponte Areas, sendo posteriormente deslocados às dependências do instituto armado em Ponte Vedra onde passárom a noite inteira e até meia manhá do dia de hoje. NÓS-UP convocou para esta tarde umha concentraçom anti-repressiva perante a câmara municipal da vila do Condado. Tentativa de detençom nos postos de trabalho As detençons produzírom-se à tarde no local social Baiuca Vermelha umha vez que os efectivos policiais nom localizárom os independentistas nos seus postos de trabalho na quenda de manhá. A procura de Porto e Alonso nos seus respectivos centros laborais denota a intencionalidade do instituto armado espanhol de criar o maior alarme e exemplaridade social possível a respeito das detençons e, simultaneamente, gerar problemas para os detidos no plano laboral. Segue-se, portanto, o modelo de intervençom praticado no passado 14 de Novembro, quando dez independentistas eram detid@s em diferentes pontos do País nos seus domicílios e centros de trabalho, ocasionando diversas problemáticas laborais e a perda dalgum posto de trabalho. Investigaçom policial demorada e construçom de acusaçons falsas Os factos a que remetem as detençons, e dos que ambos detidos reconhecérom politicamente a sua autoria na posta a disposiçom judicial esta manhá, datam de 25 de Agosto passado, quando pessoas desconhecidas pintavam de cor de rosa a placa de homenagem ao fundador de Falange Espanhola, José Antonio Primo de Rivera, e a umha nómina de ‘Caídos por España’ da comarca que ainda está gravada na igreja da Oliva de Salvaterra. Além da metodologia seguida nas detençons, que se produzem mais de duas semanas após os factos, e da prolongada estáncia nos quartéis, a Guarda Civil constroiu umha acusaçom falsa, segundo anuncia o web independentista, consistente numhas supostas ameaças a um vigilante privado que se encontraria nas proximidades da igreja da Oliva. A formaçom independentista olha nesta construçom policial da acusaçom umha tentativa de “conseguir umha puniçom maior e exemplarizante” frente à campanha de eliminaçom da simbologia do genocídio fascista que impulsiona NÓS-UP. NÓS-Unidade Popular convoca para a tarde de hoje umha concentraçom solidária com os independentistas detidos e de denúncia deste enésimo operativo do instituto armado espanhol contra o independentismo organizado. Pode-se ampliar informaçom no linque que achegamos ao pé desta notícia. Continua a pressom da Guarda Civil contra o independentismo As últimas detençons somam-se a umha sequência crescente de operativos do instituto armado espanhol contra o MLNG das que o ponto álgido é o processo aberto sob o nome de ‘Operación Castiñeiras’, que na jornada de ontem concitava novamente, de modo inusual e trás quase um ano de siléncio, o interesse dos meios de difusom oficial, assi como outros sumários abertos e sob segredo que se venhem anunciando esporadicamente nos citados meios. De Ceivar queremos denunciar mais umha vez a crescente implicaçom que o corpo repressivo espanhol adopta na repressom de baixa intensidade e em todas as tentativas tendentes a 1. punir todo tipo de protesto e conflitividade social na linha do que acontece estes dias em Cangas do Morraço, 2. sabotar as iniciativas que se desenvolvem em chave de associacionismo de base e construçom nacional, sejam centros sociais, meios de comunicaçom, iniciativas de lezer, etc. e 3. colocar o independentismo organizado numha dinámica de mera autodefesa anti-repressiva, que paralise toda iniciativa política e obrigue a desviar ingentes recursos económicos à defesa judicial de militantes e a ‘parar os golpes’. Entendemos que esta pressom policial permanente sobre o MLNG denota o interesse político existente por parte do Estado em perseguir, isolar socialmente e desmobilizar um sector da cidadania que nom se pregará à vindoura reforma do consenso autonómico, agora em gestaçom, e mantém a perspectiva estratégica da plena liberdade nacional e social para o nosso País. Da óptica do nosso organismo, estes factos, somados à situaçom de suspensom do exercício das mais elementares liberdades democráticas em que vivemos um sector do povo galego, ponhem de relevo novamente o carácter nom democrático do Estado espanhol, mesmo entendido este dumha óptica puramente formal.