Publicamos a comunicaçom de Ceivar à mocidade independentista com motivo do Dia da Pátria

O organismo anti-repressivo vem de transferir às organizaçons juvenis independentistas que esta noite organizarám sendos concertos e jornadas de luita na capital galega umha comunicaçom para a sua leitura pública. Sinteticamente, o documento de Ceivar é umha análise da actual conjuntura repressiva para o independentismo e os principais reptos que se apresentam na mesma. Reproduzimos na íntegra a continuaçom o texto que Ceivar vem de enviar a AMI e Briga Comunicaçom de Ceivar ao público assistente aos festivais da juventude independentista no 25-J Moças e moços independentistas presentes nesta praça, companheiras e companheiros a quem a repressom impede hoje estardes entre nós, amigos e amigas que nos visitades neste Dia da Pátria de 2006: Recebede por parte da militáncia do organismo popular anti-repressivo Ceivar umha saudaçom fraterna no nosso dia de luita pola soberania e a independência nacional. Sabemos, como todas e todos vós, que o presente de luita que enfrontamos é a condiçom prévia e inescusável para desfrutarmos amanhá dum futuro nosso. Sabemos, também, que os caminhos da liberdade da Galiza nunca se traçárom sobre a moqueta institucional, nem na calma tonta das ilusons ingénuas e as esperas passivas; mas, prioritariamente, a partir da vontade colectiva organizada, o incansável e diário esforço militante e a firmeza no pulso que mantemos contra a vulneraçom dos nossos direitos nacionais e sociais e a repressom. Queremos agradecer, em primeiro lugar, à organizaçom deste festival a cessom dum breve tempo para dirigir-nos a vós e corresponder a ela com a plena sinceridade e claridade da nossa intervençom. Embora podamos exceder-nos no tempo utilizado, reclamamos cinco minutos de atençom antes de continuarmos a festa do Dia da Pátria. Companheiros e companheiras: Os últimos meses de luita nom fôrom fáceis. Tampouco o serám os que venhem. O cenário a que nos empurra a repressom a curto e meio prazo é complexo e tem umha abordagem difícil que, no entanto, temos que saber resolver positivamente e afortalando-nos no pessoal e o colectivo. Diremos, sinteticamente, como panorámica da situaçom, que a Espanha tem decidido apretar as porcas ao Movimento de Libertaçom Nacional Galego, que as consequências do endurecimento estám sendo graves e que vam além da repressom de baixa intensidade que tanto conhecemos. Devemos, portanto, estar muito conscientes da situaçom actual e preparadas e preparados para enfrentá-la desde já. A principal novidade do momento concreta-se na reapariçom do cárcere como elemento integrante do nosso presente repressivo e o ingresso efectivo em prisom de patriotas galeg@s. Aliás, o salto qualitativo incorpora outros elementos novos, como o processo judicial que aponta para a declaraçom da AMI como associaçom ilícita; a continuidade das detençons de independentistas pola Guarda Civil ao abeiro da Operación Castiñeira, impondo de facto um estado de excepçom permanente e encuberto para a militáncia; a proliferaçom na Audiencia Nacional de sumários especiais contra o Independentismo que podem implicar jos_content detençons, juízos e encarceramentos; a acossa administrativa e policial aos locais sociais nacionalistas e, finalmente, o ataque aos meios contrainformativos galegos. Diremos também que vós, a juventude galega, sodes as principais destinatárias e destinatários deste ataque repressivo múltiplo. Por que? Porque o Estado Espanhol é conhecedor da vossa achega decisiva para a construçom de todos os projectos sociais e políticos e para as dinámicas de luita e construçom nacional que neste momento dam corpo ao Movimento de Libertaçom Nacional Galego, e porque, devido à condiçom antidemocrática desse Estado, jamais permitirá um desenvolvimento livre dos citados projectos e dinámicas, embora se inscrevam no marco da acçom sócio-política pública e legal. Se algo demonstra, sem qualquer género de dúvida, a situaçom descrita, é a correcçom dumha das teses históricas do Independentismo: o regime vigente na Galiza nom é democrático nem sequer considerado dumha óptica puramente legalista. As liberdades democráticas no nosso País continuam encerradas sob chave e administradas de modo restrito –quando nom abertamente suspendidas- para quem nom nos submetemos ao quadro constitucional imposto à Galiza em 1978. Da óptica de Ceivar, os objectivos do salto qualitativo que deu a repressom neste curso político som evidentes: Falaremos sem pêlos na língua, companheiras e companheiros: em primeiro lugar, trata-se de desactivarem a violência de resposta à violência estrutural que suportamos e punirem com dureza exemplar as suas promotoras e promotores. Com independência da posiçom que mantiver cada quem ao respeito, estamos a afirmar umha evidência repetida até a saciedade por profissionais da política, mandos da repressom e porta-vozes mediátic@s. Sirva como exemplo de que dizemos o ilegal tratamento penitenciário a que estám submetid@s @s patriotas Giana Gomes e Ugio Caamanho, dispersando-@s a centos de quilómetros da Galiza, deslocando-@s periodicamente de cárcere, restringindo as suas comunicaçons externas e prolongando desnecessariamente o regime de prisom preventiva. Os objectivos da presente vaga repressiva nom ficam nem ficarám aqui. Que ninguém se engane: o Estado pretende aliás sabotar o desenvolvimento e a consolidaçom dum movimento soberanista amplo, maduro e coesionado na Galiza, que faga da rua e a auto-organizaçom popular os seus principais eixos de intervençom e procure a superaçom da opressom nacional sob fórmula autonómica. O processo de reforma estatutária que argalham no parlamentinho PP, PSOE e BNG é o momento acordado para atacar o Independentismo, colocá-lo contra as cordas reduzindo a sua dinámica a defender-se dos golpes e desactivar a contestaçom à fraude que preparam os partidos institucionais com o visto bom de Madrid. Companheiras e companheiros: Vamos rematar aqui a nossa intervençom para deixarmos passo a umha noite de luita. O diagnóstico que vimos de expor nom pretende desanimar nem abrumar ninguém, mas expor a sério e com todo optimismo umha situaçom e os reptos colectivos que temos à nossa frente: decidir-se a trabalhar e luitar por este País nas actuais condiçons antidemocráticas é aceitar que a repressom é a nossa companheira de viagem. Perseguem-nos porque nom calamos, porque luitamos por um futuro de liberdade para o País e porque nom aceitamos resignadamente a destruiçom da Galiza sob as formas autonómicas nas que hoje se exerce a opressom deste povo. Perseguem-nos por sermos independentistas e exigir os direitos que como galegas e galegos nos correspondem. Perseguem-nos por ter dignidade e por nom resignarmo-nos. Companheiras e companheiros, berrai com nós: Basta de repressom política! Liberdade patriotas galeg@s! Viva o Dia da Pátria! Viva Galiza ceive e socialista!