Polícias locais e espanhóis sabotam convocatória das BDG pola Autodeterminaçom

Conforme nos aproximamos do Dia da Pátria, a presença policial multiplica-se por toda a parte na capital. Além dos controlos de agentes armados nas estradas de acesso a Compostela, a circulaçom de parelhas mixtas de agentes espanhóis e municipais ou a proliferaçom da presença policial à paisana, as exíguas margens em que se exercia a liberdade de expressom constrangírom-se ainda mais. A imposiçom dum estado de excepçom encuberto é umha realidade nos últimos dias. Activistas que a noite passada tratavam de difundir a convocatória do Dia da Pátria das BDG fôrom imediatamente localizad@s por efectivos policiais, identificad@s e posteriormente denunciad@s por ‘desobediência à autoridade’. P. A., A. S. e J. P. eram ‘detectad@s’ perto da Praça do Pam recém iniciada a colagem da convocatória legendada como ‘Estatutos nom: AUTODETERMINAÇOM’ que impulsiona BDG. Dous carros patrulha do 092, um patrol municipal, seis agentes locais e umha parelha de agentes da Polícia espanhola à paisana compunham o ‘dispositivo’ destinado a impedir o exercício da liberdade de expressom e evitar que a convocatória autodeterminista tenha qualquer presença na rua. Os agentes procedérom a rodear literalmente @s membros das BDG e identificar est@s advertindo-@s de que, de continuarem com a actividade proibida por ordenança municipal, seriam denunciad@s por ‘desobediência à autoridade’. Em todo momento os representantes da autoridade negárom-se a mostrar os seus números de placa identificativos, embora se tratar dumha obriga legal que devem cumprir quando interactuam com a vizinhança e esta solicita a sua identificaçom. Agentes à paisana Trás os 20 minutos durante os que se prolongou a retençom, @s três activistas continuárom exercendo o seu legítimo direito à liberdade de expressom e colando os cartazes das BDG em diversos pontos da cidade sob um permanente seguimento policial. Finalmente, eram novamente identificad@s e denunciad@s por ‘desobediência à autoridade’ na rua Pitelos, perto do bairro de Sar. Nesta ocasiom, os cartazes nom fôrom requisados. Um agente gavou-se perante @s identificad@s da sua pertença às forças de ocupaçom espanholas. Ceivar iniciou hoje a tramitaçom das denúncias dos agentes que intervírom na retençom, achegando os números das placas de matrícula e os próprios dos carros policiais como única forma possível de identificaçom. Assinalar, finalmente, o papel que estám a desempenhar nestes dias os agentes à paisana da Polícia espanhola que circulam por todo o casco urbano da capital galega na localizaçom e retençom policial de pessoas que trabalham para a convocatória do Dia da Pátria e no silenciamento da jornada de luita pola soberania nacional. O critério repressivo impom-se com independência de qual seja a entidade convocante de 25-J, segundo pudemos comprovar. A onipresença policial, reforçada nos últimos dias com o envio de novos agentes da Academia de Ávila, foi justificada mediaticamente como resposta à suposta maior “presença de cacos” (sic) nas proximidades de 25-J e “as rebaixas” (!?), mas o desenho global do operativo evidencia que é a celebraçom do Dia da Pátria, a mobilizaçom de milhares de galeg@s em favor do reconhecimento do carácter nacional da Galiza e o direito de Autodeterminaçom e a hipotética comissom de sabotagens contra entidades vinculadas ao poder político e económico espanhol no nosso País o que está a provocar o reforçamento do Estado policial que se vive nos últimos dias. As liberdades de expressom, opiniom e reuniom ficam completamente suspendidas.