Intenso desdobramento policial na capital perante o Dia da Pátria justifica-se pola “presença de cacos” e “as rebaixas”

A celebraçom do Dia da Pátria de 2006 virá novamente acompanhada dum amplo despregamento policial nas ruas e praças da capital galega. Quando menos isto é o que, utilizando informaçom policial, anunciava nas páginas locais de Compostela a ediçom de onte do diário espanholista ‘La Voz de Galicia’. A notícia nom indica quais as cifras exactas do operativo, mas aponta um permanente in crescendo da presença policial desde esta semana até a celebraçom da jornada de luita nacional pola soberania. Segundo a citada informaçom, o desdobramento repressivo organizaria-se “contra os cacos na catedral e as rebaixas”, umha vez que as autoridades aguardariam um aumento dos furtos em locais de aglomeraçom perante a proximidade do Dia da Pátria. Assim, ‘La Voz de Galicia’ afirma que “os efectivos policiais reforçárom a sua presença nas zonas mais sensíveis” e aumentarám esta face o 25 de Julho. No entanto, as citadas “zonas mais sensíveis” estendem-se à prática totalidade da cidade, dado que tanto no casco histórico quanto no Ensanche haverá umha importante massificaçom e a presença do pequeno comércio é muito importante. Fontes da esquadra da Polícia espanhola às que se remite a jornalista Marga Mosteiro desmintem parcialmente a dramatizaçom dos factos apontados e asseguram que “o número [de furtos] é ainda reduzido e a presença de amigos do alheio ainda escassa”. Contodo, o dispositivo policial desdobrará-se igualmente segundo o desenhado. Polícia municipal e espanhola A informaçom nom achega qualquer dado a respeito das dimensons numéricas do operativo policial que suportará a capital galega nas proximidades do Dia da Pátria e durante a própria jornada de luita nacional, mas situa esta última como referência inexcusável do incremento paulatino da presença uniformada, contradizendo o argumento que justifica o operativo no irrisório binómio ‘cacos e rebaixas’, cujas actividades, aliás, terám continuidade após a celebraçom do 25 de Julho. Fontes policiais espanholas assegurárom que o próximo dia 12 chegará um número impreciso de novos agentes policiais em práticas a Compostela. Aliás, afirmam que “é provável” que se conte com um “reforço permanente de novos polícias nacionais [espanhóis] para a esquadra de Santiago”. A Direcçom Geral da Polícia viria desvelar nos próximos dias as dimensons numéricas do dispositivo. Efectivos da Polícia local agirám conjuntamente com os agentes espanhóis de Compostela e os deslocados do exterior. Alerta anti-repressiva A celebraçom institucional do ‘Patrón de España’ quando na Galiza se festeja o Dia da Pátria, a presença de milhares de patriotas galeg@s em Compostela em defesa do direito de Autodeterminaçom e a tradicional comissom de sabotagens nacionalistas contra empresas e instituiçons que representam o poder político e económico espanhol no País parecem ser, no entanto, os motivos reais do desdobramento e nom os expostos na ‘versom oficial’, que magnifica de modo desproporcionado certos factos delitivos de categoria menor nom atribuíveis em exclusiva a determinados períodos do ano. A crescente presença policial nas ruas e praças da capital galega derivará com certeza na proliferaçom de identificaçons, retençons e detençons de cidadá(n)s, particularmente, como é costume, aqueles que nom respondem aos cánons sócio-económicos e estéticos oficiais e @s vinculad@s às organizaçons e colectivos independentistas. De facto, segundo pudo conhecer Ceivar através de diferentes fontes individuais, a prática de seguimentos e vigiláncia de militantes intensificou-se nos últimos dias e aumentárom notavelmente as disfunçons nas comunicaçons electrónicas de dezenas de independentistas em todo o País. Desta página recomendamos àquelas pessoas que sejam identificadas, retidas, detidas ou submetidas a qualquer tipo de tratamento ilegal e vejatório a solicitar a identificaçom individual dos agentes (número de placa) para cursar as denúncias judiciais que fossem precisas e, aliás, a por-se em contacto com Ceivar para tomar as medidas de denúncia social oportunas.