Sócio da Revolta é detido e agredido por agentes locais por suposto activismo antifascista

Polícia e extrema direita andam mais umha vez de maos dadas, nesta ocasiom na cidade de Vigo. O jovem F. C. P., sócio da associaçom cultural Revolta e activista do centro social gerido por esta, será processado como suposto autor dumha agressom a um elemento nazi o passado 2 de Junho. À hora em que ocorrérom os incidentes, F. C. P. encontrava-se trabalhando no centro social, mas foi acusado como autor da agressom a um fascista ocorrida em outro ponto da cidade e detido pola Polícía municipal na madrugada de 2 para 3 de Junho. Segundo vizinh@s de Vigo, o citado dia um grupo de estética skin que portava simbologia fascista percorreu as ruas do centro viguês à ‘caça’ de independentistas e antifascistas, gritando palavras-de-ordem muito explícitas e intimidatórias a este respeito e agindo, no entanto, com absoluta liberdade apesar do conhecimento policial da sua presença e actividades. As mesmas fontes apontam que é possível que, previamente, tivessem agredido fisicamente umha pessoa, mas nom consta umha denúncia formal deste facto. Horas após os factos, vári@s vizinh@s acodiam ao encontro do grupo fascista, localizando-o e enfrentando-o fisicamente. A posteriori, nazis acompanhados por efectivos da Polícia Local procuravam @s ‘responsáveis’ da acçom colectiva apesar de terem desaparecido. Trás entrarem agentes e fascistas no bar Churruca, F. C. P. denunciou perante os primeiros os elementos nazis e advertiu da identidade e perigosidade do grupo. No entanto, um dos agredidos assinalou F. C. P. como responsável das suas lesons, dando por boa a declaraçom a Polícia local e procedendo-se à detençom do jovem. Insultos e violência O sócio da associaçom cultural Revolta foi conduzido à esquadra da Polícia espanhola e insultado, intimidado e tratado violentamente, saindo em liberdade trás várias horas sem acodir ao julgado. Segundo a nossa fonte, dá-se a circunstancia de que o fascista que apresenta a denúncia tem um grau de parentesco com um mando da Polícia espanhola, personando-se este último na esquadra para intimidar e presionar violentamente F. C. P. De Ceivar queremos denunciar a conivência político-ideológica que, como neste caso, lozem elementos extrema direita e forças policiais, assim como a toleráncia institucional com que se desenvolvem os primeiros na cidade de Vigo. Impunidade que contrasta no entanto com o controlo e repressom constantes a que se vem submetidos os movimentos sociais locais e o activismo nacionalista de esquerdas, ou com factos como a recente readmissom no 092 local de quatro agentes condenados em firme por torturas e mal-trato na pessoa do cidadám senegalês Mamadou Kane. Denunciamos, aliás, a arbitrariedade na detençom de F. C. P., motivada apenas pola acusaçom realizada por um elemento fascista, assim como o tratamento degradante sofrido polo jovem na esquadra policial. O organismo anti-repressivo pujo-se a disposiçom do sócio do local social Revolta para denunciar judicialmente os factos, desenvolver a defesa judicial e socializar esta situaçom, assinalando aliás a regularidade com que em diversos núcleos urbanos do País se produzem periodicamente incidentes similares ao presente.