Polícia municipal atropela premeditadamente independentista em Ponte Areas e dá-se à fuga

A repressom nom cessa nas últimas semanas: junto à pingueira de detençons de patriotas galego@s em que pareceu converter-se a ‘Operación Castiñeiras’, mudada agora em escusa perfeita para manter um estado de excepçom permanente sobre dezenas de pessoas em toda a naçom, somam-se ‘incidentes’ de diverso tipo como o ocorrido a semana passada na vila de Ponte Areas. O agente da polícia local ponte-areá Manuel da Silva da Silva atropelava o militante independentista A.P.R. na noite de 31 de Maio e, posteriormente, dava-se à fuga. Às 23:30 h., o polícia increpou na rua o jovem gritando-lhe “¡¿Tienes ladillas, hijo de puta?!” desde o veículo patrulha, perante a passividade do activista, que continuou a caminhar. Uns metros mais adiante, o carro detivo-se enquanto o agente repetia a provocaçom, momento no que o A. P. R. se dirigiu ao veículo para pedir explicaçons. Sem deixar que se achegasse ao carro, Da Silva arrancou repentinamente. Minutos depois, enquanto o jovem atravessava umha passadeira de peons próxima do seu domicílio, o carro detinha-se para ceder-lhe o passo, momento que A. P. R. aproveitou para achegar-se e solicitar a identificaçom dos dous agentes. Enquanto começou falar, o polícia acelerou o veículo em direcçom ao militante que, saltando para evitar o atropelo, foi arrolhado pola aleta direita do carro e golpeado com o espelho retrovissor. O veículo policial deu-se à fuga imediatamente, deixando abatido o activista. Concentraçom solidária e nova provocaçom policial No dia a seguir, A. P. R. apresentou denúncia nos julgados de Ponte Areas e vári@s companheir@s desenvolvêrom umha campanha informativa de cartazes que culminava numha concentraçom frente às portas da Casa do Concelho à que assistiam meia centena de pessoas. A legenda do acto foi ‘Agente ‘Da Silva’ prisom! Stop às agressons policiais’. Durante a concentraçom, dous polícias sacárom as suas porras para abrir-se passo entre @s manifestantes com o pretexto de “ter que fazer um recado” nas dependências municipais que estavam fechadas. Curiosamente, Da Silva apresentou três denúncias no mesmo julgado por supostas injurias e calúmnias contra as pessoas que colárom cartazes, que fôrom identificadas pola Polícia municipal, dependente do governo local do PP e a UCPA de José Castro. Polícia e prostituiçom O agente Manuel da Silva fora processado em 2001 por participar numha detençom irregular dum vizinho das Neves à saída dum prostíbulo no que vários agentes de serviço consumiam bebidas à paisana. Quando o vizinho saiu do local, foi encanhonado antes de chegar ao carro e conduzido a dependências policiais, onde foi objecto de maus tratos. Se bem foram condenados a 3 anos de prisom e 8 de inabilitaçom absoluta pola Audiência Provincial de Ponte Vedra, o Tribunal Supremo acabou por absolvê-los, reduzindo a condena a umha sançom de 901€ para cada um dos agentes (dous polícias locais e um contratado como vigilante de parques e jardins). A. P. R. é integrante do Centro Social O Fresco, espaço auto-gerido que está a preparar a sua inauguraçom e apresentaçom pública em Ponte Areas. Por parte deste colectivo manifestam a sua solidariedade com “todas as pessoas vítimas do terrorismo policial” e fam um chamamento à autoorganizaçom como “chave para a autodefesa perante a repressom”.