Guarda Civil e 092 de Nigrám ‘visitam’ vizinh@s de Nigrám para imputá-los no protesto

Denunciavamos a passada sexta-feira a violenta intervençom conjunta da Guarda Civil espanhola e a Polícia Local contra @s vizinh@s de Nigrám, enquadrada na repressom do protesto cidadám contra um PGOM que pretende favorecer a turistificaçom do termo municipal e gerar um autêntico agosto para promotoras e construtoras. No entanto, o trabalho dos corpos da repressom continua, mas agora silenciosamente. @s vizinh@s venhem de denunciá-lo publicamente. “Vários vizinhos e directivos das associaçons dixérom-me que agentes da Polícia Local se apresentárom nas suas casas para pedir-lhes identificaçom, algo que nom procede se se querem calmar os ánimos, que é o mais importante nestes momentos”, assegura Manuel Doldán, presidente da associaçom vicinal de Monte Ferro. O dirigente vicinal definiu aliás este tipo de actuaçons como “um autêntico atropelo”, umha vez que respondem a umha estratégia de intimidaçom individualizada e de paralisaçom dos sectores que se tenhem mostrado mais activos no protesto social. As visitas policiais às moradas privadas d@s vizinh@s e a tomada policial da câmara municipal para fazer frente à vontade popular –todas as associaçons vicinais do termo municipal rechaçam o PGOM que pretendem aprovar PP e PINN- som a cara e a coroa da mesma moeda: facilitar, por via policial, que projectos antisociais vaiam adiante embora carezam de qualquer apoio popular, por umha parte, e alicionar e exemplarizar socialmente com aquelas pessoas que tenhem demonstrado mais decisom na luita polos seus direitos. Cadeias de TV achegariam as provas A Guarda Civil espanhola também fai parte do operativo policial despregado dias depois da mobilizaçom da sexta-feira. O instituto armado e a Polícia Local abrírom conjuntamente diligências de ofício para atribuir responsabilidades penais às pessoas que participárom na luita vicinal. Segundo diversas informaçons, os citados corpos repressivos procurariam determinar responsabilidades nos desperfeitos produzidos na câmara municipal e os carros oficiais. Também procuram responsáveis da rotura de lunas de várias viaturas da Guarda Civil que transferiam o alcalde e seis concelheiros rodeados de ‘antidistúrbios’. Determinadas fontes asseguram aliás que as provas que manejam os corpos repressivos provenhem das fitas de TV gravadas por várias cadeias televisivas, que já teriam sido solicitadas a estas pola Polícia Judicial. De nom tratar-se dumha mera estratagema policial e as companhias aceder à colaboraçom, poria-se de relevo mais umha vez o papel parapolicial que jogam os média em determinadas circunstáncias de conflitividade social e a sua grave responsabilidade política na judicializaçom e repressom do protesto d@s vizinh@s de Nigrám. Estaremos à espreita se tais circunstáncias se produzissem. Mais informaçom sobre a violência policial desatada a passada semana contra a vizinhança de Nigrám no linque inferior.