Milhares de pessoas saírom à rua contra a repressom policial na cidade de Vigo

Por volta de 7000 pessoas, segundo o web da central nacionalista CIG, saírom à rua o passado dia 23 em Vigo para denunciar a repressom desatada pola Polícia espanhola contra @s trabalhador@s do Metal durante o recente conflito laboral. Lembramos que a actuaçom dos agentes da repressom saldara-se com dez feridos graves, 13 detidos e um número indeterminável de pessoas com contusons de diversa entidade. Por expressa decisom da CIG e das corporaçons espanholas CCOO e UGT, a marcha de protesto estivo encabeçada por umha única faixa com a legenda ‘Exigimos responsabilidades’, dirigida explicitamente aos responsáveis políticos da carga policial do dia 8 de Maio passado, isto é, Manuel Sánchez Ameijeiras, Delegado do Governo espanhol na CAG, e Delfín Fernández, subdelegado na circunscriçom eleitoral de Ponte Vedra. Ao remate da manifestaçom seria o jornalista Serafín Fernández, ligado a Rádio Nacional de Espanha, o encarregado de ler o manifesto final. Segundo o secretário comarcal da Federaçom do Metal da CIG, Manuel Simón, “foi umha carga política”. “Estavam presionando tanto Citröen quanto a alcaldia ao subdelegado do Governo para que adoptasse medidas. Citröen, aliás, nom só presionou ao subdelegado, mas mais arriba –afirma o sindicalista-, mesmo em Madrid, logo de que lhe paralisaramos a produçom durante dous dias, simplesmente curtando-lhe o tránsito nos arredores”. Para Simón “nom queriam que se chegasse a materializar a greve convocada para uns dias depois em todo o sector, incluida a planta de Citröen”. Assanhamento policial A carga realizada pola Polícia espanhola no 8 de Maio passado contra os trabalhador@s do Metal ‘justificava-se’ publicamente para impedir o acesso da massa de manifestantes à estaçom de Renfe. Embora, a actuaçom policial nom se limitava a impedir o bloqueio de Renfe: os efectivos espanhóis atacárom a discreçom com lançadeiras de pelotas de goma e procurárom ocasionar, como de facto foi, o maior número de baixas entre @s operári@s. A intencionalidade política foi, portanto, evidente: tratava-se nada menos que de amedrentar a mobilizaçom operária, presionar os sectores sindicais e laborais ‘mais mornos’ e forçar o restabelecimento da produçom industrial. Manuel Simón lembra que à carga seguiu umha persecuçom policial d@s trabalhador@s por toda a cidade. “A única leitura que se pode fazer é que tentavam dispersas e esmagar com a pretensom de que ao dia seguinte nom ficasse quase ninguém mobilizando-se na rua, que os trabalhadores ficassem na casa (…). Ao dia seguinte havia nom apenas as mesmas pessoas senom que se sumaram mais”. Por sua parte, Xerardo Abraldes, secretário comarcal da CIG viguesa, apontou que “nom se pode consentir que a polícia ou os antidistúrbios actuem com essa impunidade sem que ninguém assuma nengum tipo de responsabilidades e aqui nom passe nada”. Contodo, todo aponta a que a carnificina organizada pola Polícia espanhola em Vigo ficará sem castigo nem responsáveis por outra parte evidentes. Informaçom mais detalhada no linque inferior.