Grupo Voz criminaliza gratuitamente independentismo trás a explosom de Culheredo

Criminalizar é umha velha estratégia para, entre outras cousas, estigmatizar e preparar a ‘opiniom pública’ para golpes repressivos sobre as pessoas e colectivos que som objecto dessa prática. O diário espanholista La Voz de Galicia destaca-se no desempenho sistemático desta funçom parapolicial a respeito do independentismo e volve confirmá-lo na sua ediçom de hoje trás a deflagraçom dum artefacto explosivo num caixeiro do BBVA produzida em Vila Boa (Culheredo) no passado domingo. Segundo ‘informa’ o jornal nas suas páginas de Galiza, o artefacto explosivo de fabricaçom caseira composto por umha bombona de cámping gas, um detonador e líquido inflamável calcinou e deixou inutilizável o caixeiro da entidade financeira. A sabotagem é atribuida indirectamente e sem apresentaçom de qualquer tipo de prova ao “movimento radical independentista”, terminologia difusa que alude a e responsabiliza gratuitamente um amplo abano de colectivos, organizaçons e pessoas que tenhem por denominador comum a defesa do direito de Autodeterminaçom para a Galiza. A notícia assegura que as forças policiais “tenhem abertas várias alíneas de investigaçom” incluindo entre estas que a sabotagem seja um “simples acto vandálico” (sic). Contodo, a vinculaçom da acçom “com as actividades (sic) do movimento radical independentista” aparece reiterativamente. Aliás, liga-se o ataque à explosom ocorrida em 23 de Julho passado num caixeiro de Caixa Galicia trás a que fôrom detidos Giana Gomes e Ugio Caamanho, pessoas às que La Voz adscreve ao “contorno radical independentista”. Recordamos agora a decisiva intervençom parapolicial que o jornal corunhês tivo no plano informativo no passado mês de Novembro, quando dez militantes independentistas eram detid@s em distintas localidades da Galiza acusad@s de conformar “um grupo terrorista”. Apesar dos titulares, capas e rios de tinta destinados a criminalizar a AMI –organizaçom à que estám vinculad@s a maioria d@s represaliad@s-, e à militáncia independentista em geral, o próprio Santiago Pedraz, juíz da Audiência Nacional de Espanha que autorizara as detençons, punha em liberdade tod@s @s detid@s dada a inconsistência da acusaçom. Ainda estamos à espera de que La Voz, e com ela a prática totalidade de jornais, rádios e cadeias de TV, rectifiquem as suas ‘informaçons’ e reconhezam que em matéria de independentismo, e além de códigos deontológicos e supostas objectividades e profissionalidades, submetem unanimemente a redacçom dos seus conteúdos aos interesses políticos e informativos dos corpos policiais.