Comunicado de Ceivar para o 1º de maio

As pessoas que formamos parte do organismo anti-repressivo Ceivar, como trabalhador@s nom podemos ficar calados ante a situaçom d@s pres@s independentistas galegos dispersados a centos de quilómetros da sua terra. A continuaçom reproducimos o contido da brochura repartida nas manifestaçons convocadas polas centrais sindicais galegas para este 1º de maio e que representa o nosso sentir como galeg@s conscientes da repressom espanhola na Galiza. Giana Rodrigues e Ugio Caamanho som os nomes d@s independentistas detid@s pola Polícia espanhola em 23 de Julho passado. A Audiencia Nacional imputou @s militantes na colocaçom do explosivo que voou parcialmente umha sucursal de Caixa Galicia em Compostela e ordenou o seu ingresso no cárcere de Soto del Real (Madrid). Logo, em Setembro, fôrom dispersad@s respectivamente a Brieva (Ávila) e Navalcarnero (Madrid), prisons em que se encontram actualmente à espera do juízo no que poderiam ser condenad@s a anos de prisom. Como organismo anti-repressivo inserido no MLNG, nom nos corresponde a nós valorizar o citado ataque. Contodo, si destacar que a repressom segue a cevar-se dia-a-dia na militáncia independentista; que, novamente, homes e mulheres deste País pagam prisom polo seu compromisso soberanista e que, em matéria de repressom, nada essencial mudou para quem está fora do consenso constitucional e estatutário, como demonstra a operaçom aberta em Novembro contra a AMI, os sumários iniciados contra o MLNG na Audiência Nacional e a continuidade da repressom de baixa intensidade. O exercício integral dos nossos direitos civis e políticos continua em suspenso. Nom queremos obviar tampouco que a acçom referida afecta umha empresa implicada gravemente na deterioraçom ambiental e o espólio do País. Ence, Ria de Ponte Vedra, urbanizaçom selvagem da costa, Reganosa, construçom do comboio de alta velocidade, parques eólicos, eucaliptus, turistificaçom da economia, etc. figuram entre as “grandes obras” de Caixa Galicia. Falamos, aliás, numha empresa que medra na sobreexploraçom d@s trabalhador@s galeg@s e joga com os salários da emigraçom. Esta é na nossa opiniom a violência por excelência: a que precariza e degrada a existência e o futuro de milhares de pessoas e espolia os recursos e o território do País. Violência quotidiana e estrutural, livre de condenas unánimes e manifesta no facto de que nom podamos viver e trabalhar no País, em que mais de 600.000 galeg@s vivam na miséria e na quota de sangue pagada cada ano ao terrorismo patronal. Por cima de legítimas adscriçons partidárias, tácticas políticas e valorizaçons, a condena desde posiçons nacionalistas da violência que responde a essa opressom estrutural nom pode ser vista mais que como um exercício de hipocrisia e cumplicidade com o Estado que nega o direito de Autodeterminaçom d@s galeg@s e vulnera as nossas mais elementares liberdades nacionais. Exigimos que cumpram a sua lei e @s pres@s sejam repatriad@s A aplicaçom de legislaçom antiterrorista, a prisom e a privaçom dos mais elementares direitos de Ugio Caamanho e Giana Rodrigues nom som medidas punitivas suficientes para Espanha. Seguindo a sinistra tradiçom, as autoridades vulnerárom a sua legalidade para enviar @s militantes fóra da Galiza e estender a repressom a familiares e amig@s, que cada semana devem percorrer mais de 1000 quilómetros para visitar @s pres@s durante 45 minutos com o grave gasto económico que isto supom para umhas rendas que procedem do trabalho assalariado, o esgotamento físico semanal e um perigo real de acidentes em estrada. O Estado nom só se assanha com pres@s, familiares e contorno social. Aliás, pretende impedir qualquer solidariedade criminalizando as ideias e impondo a chantagem da correcçom política: quem defender os direitos e a condiçom dee patriotas galeg@s de Ugio Caamanho e Giana Rodrigues será riscad@ de amigo dos terroristas e tratad@ como tal (pressom policial, comunicaçons intervidas, detençons, etc.). Com semelhantes métodos, Espanha procura isolar socialmente @s pres@s, quebrar a sua resistência e decretar a impunidade fazendo-nos a tod@s cúmplices da vulneraçom institucional de direitos e liberdades. Nom podemos permiti-lo. Desde as suas origens, 1º de Maio é umha data de orgulho, compromisso e luita Som esse orgulho, compromisso e luita os que hoje solicitamos de tod@s @s nacionalistas galeg@s e de tod@s @s democrátas autêntic@s, por cima de siglas partidárias, simpatias políticas, adscriçons e etiquetas. Orgulho para defender com firmeza quem sabemos que nom som terroristas, mas luitador@s pola liberdade da Galiza. Compromisso colectivo na reivindicaçom dos seus direitos legais e a condiçom de prisioneir@s polític@s. Luita, para que a repatriaçom e a liberdade de Giana Rodrigues e Ugio Camanho sejam realidade quanto antes e para que ninguém vaia a prisom por defender o que nos corresponde por direito: a possibilidade de decidirmos livre e soberanamente o nosso presente e o nosso futuro como Povo. Nom som terroristas, som independentistas! Reagrupamento e transferência à Galiza! Liberdade patriotas galeg@s!