Difundimos entrevista com a mae do jovem Diego Vinha, morto no quartel da Guarda Civil de Arteixo em 2004

A próxima sexta-feira 28 de Abril está convocada umha concentraçom na Corunha às 12:00 horas perante os Julgados desta cidade situados na rua Monforte para exigir o esclarecimento da morte de Diego Vinha. Coincidindo com esta convocatória, difundimos umha entrevista a Carmen Castro, mae de Diego Vinha, morto no quartel da Guarda Civil de Arteijo em Setembro de 2004, que aparece publicada no número 41 do jornal jos_content da Galiza. -Como lhe notificam a morte do seu filho ? Nom soubem nada até as onze da noite, quando telefonou a minha filha, e ele já tinha morto às 5 da tarde. Nem sequer tivem conhecimento da detençom do dia anterior, porque essa temporada ele estava a viver com o pai. Nem a polícia nem a Guarda Civil, nem o pai se dignárom a me dizer nada. A desinformaçom foi absoluta. -Foi o próprio pai o autor da denúncia que levou à detençom do Diego. Por que? O pai denunciou-no após umha discusom por maus tratos, mas o parte médico recolhe que nom apresenta lesons. É umha pessoa mui conflituosa e mantinham umha relaçom muito tensa, por isso Diego estava em tratamento. O pai estava bêbedo quando realizou a denúncia; de facto ao sair do quartel deu positivo num controlo de alcoolemia. Valeu-se da relaçom que tinha com um dos guardas para que tivessem a denúncia em conta. E mesmo declarou que figera umha denúncia falsa para tirar o filho de cima. -Que passos destes para denunciar o caso? Eu soubem no cemitério que o pai efectuara umha denúncia contra a Guarda Civil para conseguir algo de indemnizaçom pola morte do filho. Depois pugem-me em contacto com um advogado e figemos um abaixo-assinado para que os factos fossem esclarecidos. Assim que conseguim a denúncia feita polo pai e soubemos da existência de irregularidades, mudei de advogado, e insistindo muito, este acedeu a pôr a denúncia polo penal. PreS.O.S. elaborou depois umha denúncia mais completa e pouco a pouco fomos dando conta das contradiçons, da desapariçom de provas, até que finalmente, há uns meses, o TSJG admitiu a denúncia a trámite. -Falávamos de pontos obscuros na detençom e na morte, pode assinalar alguns ? A Guarda Civil di que se enforcou com as calças, mas quando o juíz foi levantar o cadáver encontrou-no no chao. Nom o vigilárom nos calabouços e os guardas que o levárom ao médico desobedecêrom as ordens deste para ser transferido para um centro de toxicodependências. Entom, o Diego foi levado de novo para o quartel, onde nom lhe dérom a medicaçom que precisava, e isto agravou o seu estado de ansiedade. Também desaparecêrom as calças… há muitíssimas cousas que nom quadram. -Que pretende com a denúncia, para além de esclarecer a morte do Diego ? Quero que os cinco guardas civis denunciados paguem polo que figérom, sejam encarcerados e afastados do corpo; ademais quero que se saiba que na Guarda Civil se tortura, que sirva para que as pessoas tomem consciência do que se passa nos quartéis. O que aconteceu ao meu filho pode acontecer a qualquer pessoa. Por tudo isto é polo que vou luitar: demonstrar o que é a Guarda Civil é o que me mantém em pé. Nom vou parar até chegar ao fundo.