Espanha permitiu no seu espaço aéreo vós secretos da CIA para a tortura em terceiros estados de pessoas sequestradas por USA

A notícia salta hoje da mao de Amnesty International e numha situaçom democrática poria em questom a legitimidade do Executivo espanhol ou, quando menos, abriria umha polémica a respeito de se o Estado tem o controlo real do seu espaço aéreo frente aos interesses da potência mundial hegemónica. Contodo, a cumplicidade ou o laissez faire do Estado espanhol nos sequestros e torturas de pessoas por parte da CIA em todo o mundo nom parece que vaia desestabilizar legitimidades nem passados ou presentes Executivos. Segundo o informe ‘Fuge do rádar: vós secretos à tortura e à desapariçom’ apresentado ontem polo organismo Amnesty International, o espaço aéreo ‘espanhol’ admitiu entre Outubro de 2002 e Maio de 2005 nada menos que 25 vós secretos fretados pola agência terrorista estadounidense CIA. Palma de Mallorca (14), Tenerife (7), Santa Sofía (5) e Los Rodeos (2) fôrom os aeroportos sob competência espanhola que dérom acolhida a estes transportes ilegais de pessoas em todo o planeta e cujo destino era a tortura e o internamento em cárceres clandestinos. Por parte de diplomacia espanhola, negara-se no passado 24 de Novembro qualquer cumplicidade do Estado nas actividades de contra-insurgência USA em todo o mundo. Cumplicidade da UE Segundo o organismo de Direitos Humanos, a Uniom Europeia também colaborou na vulneraçom institucionalizada da liberdade e integridade física das pessoas sequestradas pola administraçom norteamericana. AI informa sobre “quase um milhar de vós directamente relacionados com a CIA, a maioria dos quais utilizárom o espaço aéreo europeu e realizados por avions ao parecer operados permanentemente pola CIA através de empresas tapadeira”. Os vós secretos fôrom denominados como ‘entregas extraordinárias’, eufemismo sob o que se oculta a detençom extrajudicial e clandestina de pessoas suspeitosas de ‘terrorismo’ –segundo a ampla definiçom USA-. Estas pessoas som transferidas a terceiros Estados para ser interrogadas sem qualquer fiscalizaçom judicial e submetidas a todo o tipo de torturas. O Executivo estadounidense já tem declarado que nom abandonará esta prática e assegura que @s detid@s “contam com todas as garantias”. Investigaçom AI solicitou ao Executivo espanhol “que se investiguem exaustivamente todos os possíveis casos de utilizaçom do espaço aéreo e os aeroportos espanhóis para entregas extraordinárias e que garanta que estes vós nom se produzem sobre território espanhol”. Igualmente, o organismo internacional reclamou de Madrid que exponha que medidas adoptou para impedir a utilizaçom do espaço aéreo e os aeroportos espanhóis para a realizaçom destas práticas contrárias ao direito internacional. Entre outras petiçons e iniciativas, Amnesty International pujo em andamento o sítio web no que se denuncia a implicaçom da empresa Richmond Aviation nas ‘entregas extraordinárias’ de activistas anti-imperialistas em todo o mundo.