Concelho de Lugo estende a videovigiláncia a todo o perímetro da muralha romana

O governo local luguês que preside o ‘socialista’ Xosé Clemente López Orozco anunciava ontem a sua decisom de estender a videovigiláncia policial a todo o perímetro do casco histórico da cidade do Minho. A notícia fazia-se pública por parte de José Ángel González Corredoira, edil de Protecçom da Comunidade (sic), orwelliana denominaçom que apenas define o departamento policial local, e coincidia com o 144º aniversário da Polícia Local no que participárom diversas autoridades. A extensom da videovigiláncia em Lugo prepara-se através dum convénio com a conselharia de Cultura que está perfilando o governo municipal e consistirá na instalaçom de cinco câmaras “para vigilar a muralha” e a readequaçom dalgumhas das instaladas para o controlo do tránsito rodado. Por parte da instituiçom que preside López Orozco já se cursou a solicitude preceptiva perante a Comissom de Garantias da Videovigiláncia da Galiza para que autorize a readequaçom das existentes e a instalaçom de jos_content câmaras. González Corredoira avançou que houvo recentemente umha reuniom com o departamento de Cultura da administraçom autonómica para definir o convénio. Segundo González, prevém-se instalar três câmaras policiais em postes usados para as câmaras de controlo do tránsito e duas em outros suportes. Aliás, o edil admitiu que o governo municipal solicitara a homologaçom das actuais videocâmaras de tránsito para funçons policiais e o alargamento do seu número. Gasto em armamento Por outra parte, o concelheiro de Protecçom da Comunidade anunciou que a corporaçom destinará a quantidade de 401.000 euros (aproximadamente 67 milhons das antigas pesetas) para a adquisiçom de armamento e 62s para a Polícia Local de Lugo e 60.000 para a renovaçom do parque móbil e a merca de motos para os agentes. O investimento desproporcionado é-o ainda mais se olharmos a baixíssima ‘taxa de delinquência’ da localidade e as notáveis carências existentes quanto a serviços municipais públicos. No entanto, os anúncios de aumento da vigiláncia policial das ruas e incremento dos meios materiais realizados ontem por González Corredoira no 144º aniversário da Polícia Local adoptam a forma de ‘presente’ à vez que lenitivo frente ao corpo policial local num momento de tensom, umha vez que o governo municipal negocia com o 092 o futuro de 16 agentes interinos. Experiência em Compostela e Vigo O alargamento do controlo urbano por câmaras policiais iniciara-se há anos na capital galega –autêntico banco de experimentaçom em medidas de ‘segurança cidadá’- sob o argumento da defesa do património e na cidade de Vigo para o controlo do intenso tránsito de viaturas. A prática corroborada neste tempo -em ocasions por milhares de pessoas (mobilizaçons de Nunca Mais, manifestaçons contra a Guerra no Iraque, actos sindicais, independentistas, etc.)- confirma que tanto as câmaras instaladas ‘para a protecçom do património’ quanto as colocadas ‘para o controlo do tránsito’ nom se utilizam apenas para estas fins, mas sempre que é preciso para a fiscalizaçom da mobilizaçom social e política de milhares de pessoas.