Imprensa USA oferece ‘vagas de trabalho’ para torturadores e louva as ‘vantagens’ da subcontrataçom

O diário The Washington Post anuncia na ediçom de ontem que o Pentágono procura contratistas privados para ocupar milhares de postos de ‘trabalho’ de interrogadores de pessoas suspeitas de participar em ataques a interesses USA no mundo e fenómenos de resistência armada à ocupaçom estadounidense. Aliás, procura tradutor@s e análise de inteligência. Os ‘empregos’ oferecem-se em sítios da Internet como Hot Jobs do procurador Yahoo! Companhias como AllWorld Language Consultants, Inc. de Maryland -empresa de confiança do Departamento de Estado USA- estám à procura de “interrogadores militares experimentados”, eufemismo empregado para designar a assalarizaçom de torturadores. AllWorld Language Consultants, Inc. oferece remuneraçons de 153.000$ mais bonificaçons para realizar ‘trabalhos’ no Iraque. The Washington Post nom duvida em afirmar que “com o uso de empregados contratados, as agências do governo perdem o controlo sobre os que fam os trabalhos delicados e insire-se um elemento de lucro no que se realiza”, explicitando a dupla intençom USA de consolidar a impunidade e fazer da tortura mais um negócio económico. Colaboracionismo espanhol A estratégia norteamericana simultanear a impossibilidade de fiscalizaçom por agências estatais e converter a prática da tortura numha actividade lucrativa através da subscontrataçom a assinaturas privadas conta com aliados estatais em todo o mundo, como denunciava recentemente o secretário geral do Conselho de Europa, Terry Davis (ver informaçom de 08.03.2006 nesta portal). Assim, por exemplo, em 20 de Março vários meios de difusom informavam sobre o transporte em três avions Hércules do Exército espanhol de 5120 pessoas presas trás a guerra do Afeganistám em 2002 e 2003. A denúncia salta após umha associaçom ambientalista aragonesa afirmar que os avions militares espanhóis destacados em Quirguizistám transportaram presos talibáns a Guantánamo dentro da ‘Operaçom Liberdade Duradeira’. O Ministério de Defesa “descartou” este estremo, embora é possível que os Hércules espanhóis transferissem presos no Afeganistám e entre este e estados limítrofes. A investigaçom oficial assegura que 5120 pessoas ‘viajárom’ nestes vós militares, mas, curiosamente, apenas umhas poucas aparecem identificadas nos documentos da época e, paradoxalmente, nom constam, segundo as mesmas fontes, as causas polas que fôrom transportadas.