Polícia local de Ourense generaliza a identificaçom de jovens com a excusa do ‘botelhom’

O esquema de extensom da ingerência policial sobre a vida comunitária aplica-se de modo similar por toda a parte e a produçom mediática de alarme social por volta do ‘botelhom’ é a excusa utilizada. A Polícia municipal de Ourense identificava a passada fim-de-semana 35 moç@s de entre 17 e 21 anos nos espaços públicos da cidade. As identificaçons nom tenhem a ver com a comissom de comportamentos tipificados como delitivos e justificam-se como intervençom policial dissuasória perante este fenómeno sociológico. Embora utilizada arbitrariamente como meio selectivo de pressom e acossa, a identificaçom de pessoas nos espaços públicos apenas se pode realizar legalmente no caso de produzir-se factos ‘delitivos’ ou existir suspeitas razonáveis a juízo dos agentes policiais sobre a sua pronta comissom. Neste caso @s jovens acossad@s policialmente nom cometiam qualquer infracçom legal, umha vez que o consumo de álcool na rua nom é um comportamento tipificado como tal na cidade de Ourense. A simples acossa, a exibiçom autoritária, o reforçamento do controlo social e, fundamentalmente, a extensom ‘pedagógica’ do temor e a autocensura na mocidade frente a previsíveis rigores punitivos parecem ser os objectivos reais destas práticas que se extendem no tratamento policial da juventude galega dos principais núcleos urbanos. Exploraçom económica, atomizaçom do sujeito colectivo, alienaçom e mercantilizaçom do ‘tempo livre’ e repressom som as receitas dominantes no tratamento da mocidade.