Governo local corunhês retira parcialmente a protecçom policial à bandeira de Espanha

Exactamente cinco meses após a sua imposiçom e vinte e quatro horas antes de o pleno formalizar a renúncia à alcaldia de Francisco Vázquez, o governo municipal da Corunha ordenava a retirada parcial da vigiláncia policial de que era objecto a bandeira do vizinho país colocada no Orçám o passado ‘Día de la Hispanidad’. Embora desaparece a patrulha permanente que protegia o símbolo estrangeiro, umha parelha de agentes rondará de modo continuado o Passeio do Orçám no sucessivo. A desapariçom do controlo directo e permanente da ‘rojigualda’ efectiva-se quase três meses após as declaraçons de Vázquez em Dezembro nas que anunciara a retirada da patrulha “depois destas datas”. “Estou convencido de que na cidade, umha cidade marcada polas normas de toleráncia e convivência, a bandeira terá o respeito que se merece o que simboliza e representa”, declarou na altura o alcalde ultranacionalista em referência ao sector da vizinhança contrário à presença da bandeira de Espanha. Segundo indica hoje La Opinión de A Coruña, remitindo-se a um porta-voz do Sindicato Profissional da Polícia Local, a palavra de ordem do governo local foi exactamente “Retiram-se a vigiláncia directa e a viatura desde domingo 12 pola manhá, mas, de momento e até novo aviso, mantém-se a atençom e nom se deixa de patrulhar a zona nem de noite nem de dia”. Mudança das formas O controlo, portanto, embora nom directo, continua, e o novo alcalde Javier Losada desactiva assim umha frente de conflito que tivo importantes custos de imagem para o governo local. O ‘sucessor’ de Vázquez muda apenas as formas –remata com um dispéndio económico impresentável e polémico- e mantém intacta a presença do símbolo espanhol e a sua protecçom policial. A relaxaçom parcial da custódia materializa-se trás o debate produzido na Corunha polo elevado custo que esta supunha ao erário local (15.580 euros mensais) e os protestos da Polícia Local polo facto de seis agentes –dous por turno- estar destinados, exclusivamente, a proteger a bandeira de Espanha do rechaço de parte da cidadania corunhesa. O governo local respondera estes protestos realizados em termos de ‘racionalizaçom de efectivos’ passando a pagar as horas de protecçom da bandeira como extras, o que supujo que os agentes cobravam o duplo do que numha hora normal. A colocaçom da bandeira de Espanha no Orçám realizara-se o passado 12 de Outubro graças a umha importante presença policial e o emprego da violência contra as pessoas que denunciavam o acto chauvinista espanhol.