Alcaldes do Minho agitam ‘insegurança cidadá’ ante a proximidade das municipais

Temos apontado mais dumha vez que a extensom da doutrina da ‘Segurança Cidadá’ é inviável sem o concurso de agentes sociais e políticos para-estatais a agitar medos atávicos e sobredimensionar sucessos menores. Agentes como associaçons vicinais, comerciantes, políticos e alcaldes como os do Condado e A Paradanta –todos vinculados ao Partido Popular- que ontem mostravam como do poder local se pode contribuir a dar apariência de “necessidade” e “soluçom” ao que provavelmente nom seja mais do que umha evidência do problema. Os gestores caciquis destes municípios marcados polo selvagismo imobiliário, as políticas energéticas e de infraestruturas, o desemprego e a precariedade laborais, as pensons miseráveis, as deficiências dos serviços comunitários, o nepotismo institucional, etc. consideram, no entanto, que o principal problema é “que falta segurança cidadá” e exigem mais Guardia Civil. Os nove regedores reuniam-se ontem no Covelo e acordavam solicitar umha reuniom com Delfín Fernández –subdelegado do Goveno espanhol em Ponte Vedra- para tratar sobre “a segurança na comarca”. Alarmismo artificial Reproduzindo o guiom das autoridades policiais, os alcaldes do Covelo, As Neves, A Caniça, Crecente, Mondariz, Mondariz Balneário, Ponte Areas e Arvo destacárom o “incremento de delitos” –embora nom apresentárom dados demonstrativos- e redigírom umha nota na que se declaram “preocupados” polo “nervosismo dos vizinhos dos nossos municípios”. Um “nervosismo” que derivaria da comissom dumha série de infracçons legais menores e a presença de “drogas” nos centros educativos das duas comarcas. Após louvar “o esforço” que realizaria o instituto armado espanhol, a nota dos alcaldes do PP vindica “mais meios” policiais para estas comarcas que abrangem por volta de 70.000 habitantes. Engadem arbitrariamente a estas cifras @s 30.000 vizinh@s que vivem na outra margem do Minho e asseguram que “frente a isto há apenas 48 agentes da Guarda Civil e muitos deles de baixa” (sic), ao tempo que criticam que os quadros de pessoal policial estám “incompletos”. Eleiçons municipais Maio 07 Silenciosos durante os anos da administraçom Fraga Iribarne e arroupados historicamente pola gestom caciquil dos recursos da Deputaçom Provincial, os regedores do PP declaram-se agora dispostos a realizar cada mês umha reuniom similar num dos concelhos das comarcas citadas para “tratar problemas muito importantes que afectam as duas comarcas perante a falta de resposta das distintas administraçons” (sic). A ‘insegurança cidadá’ parece ser, segundo as autoridades caciquis, com a vista colocada nas eleiçons locais de Maio de 2007, a prioridade nº 1 na lista de necessidades insatisfeitas das vizinhanças do Condado e A Paradanta.