Testemunhas do 092 serám fulcrais no juízo contra defensores da língua denunciad@s polo governo local corunhês

Três militantes nacionalistas sentárom-se ontem na bancada d@s acusad@s para responder da denúncia apresentada polo governo municipal corunhês por “injúrias” contra o regedor local e umha ‘falta’ contra a “ordem pública”, supostamente ocorridas no pleno municipal de 4 de Novembro de 2004, quando se aprovava com os votos do PSdeG-PSOE e a abstençom do PP a oficialidade do topónimo ‘La Coruña’, descartada pola Lei de Toponímia da Galiza. @s nacionalistas estivérom arroupad@s por dezenas de pessoas convocadas pola MNL, a CIG e o BNG na sala de vistas e perante o edifício judicial, onde se despregou umha faixa sob a legenda ‘Os inocentes aos julgados, o delinquente ao Vaticano’. @s acusad@s negárom a existência de incidentes no pleno, os apelativos de “palhaço”, “franquista” e “fascista” proferidos contra Francisco Vázquez e o lançamento de pelotas de goma, a modo de narizes de palhaço, por parte das trinta pessoas concentradas esse dia na tribuna de público do pleno corunhês. O alcalde da cidade herculiina ordenara na altura o desalojamento d@s concentrad@s por parte da Polícia local, resultando identificadas polo corpo repressivo municipal a ex parlamentar autonómica Pilar Garcia Negro, o secretário geral da UdC Xosé Manuel Carril e o responsável comarcal de Galiza Nova Francisco Rei Garcia. Acusad@s negam factos A estratégia da defesa consistiu na negaçom rotunda de qualquer incidente. Assim, Garcia Negro afirmou que assistira ao pleno municipal devido à atitude de Vázquez ante o topónimo e o contínuo “incumprimento da lei” por parte do alcalde. Negro negou ter riscado este de “franquista”, “fascista” e ter-lhe dito “odeias o País que che dá de comer”, segundo assegura o informe policial. A ex deputada denunciou que “subitamente entrárom uns agentes municipais, identificárom-nos e desalojárom-nos”. “Ninguém dixo nada. Se houvo gritos fôrom do alcalde”, ressaltou. Carril recordou que aquel dia “nom vim nem escuitei nengum movimento nem que se tiraram cousas”. O nacionalista negou também ter lançado um naris de palhaço aos pés de Vázquez e atribuiu as interrupçons do pleno ao próprio alcalde e ao grupo municipal do PP, cujos membros se apresentaram com camisolas luzindo um “L” maiúsculo. Aliás, Carril, a perguntas do fiscal, denunciou a escassa fiabilidade dos meios que ao dia seguinte recolhiam a existência de incidentes na sessom plenária. O último em testemunhar foi Francisco Rei, responsável comarcal de GN que reproduziu a linha de defesa d@s seus companheir@s. Umha testemunha apresentada pola defesa remachou este argumento assinalando que nom se produzira qualquer tipo de altercado. Apresentam prova sonora A juíza do nº 5 decidia finalmente o apraçamento do processo até o dia 9 de Março às 13:20. A suspensom temporal da vista procura que os agentes municipais implicados nas identificaçons, que ontem nom fôrom citados, podam testemunhar contra os acusados. Contodo, antes da suspensom, a magistrada aceitava como provas a acta plenária de 4 de Novembro de 2004 e umha gravaçom, ambas apresentadas pola fiscalia e a acusaçom particular. A citada fita reproduziria a voz dumha pessoa indeterminada tildando de “palhaço” supostamente ao regedor espanholista, assim como outros gritos. Polícias podem determinar resultado final do processo O apraçamento da vista evidencia tanto a importáncia que na mesma terám as testemunhas policiais como o facto de que a atribuiçom a pessoas concretas das vozes reproduzidas na gravaçom corresponderá ao arbítrio dos agentes. O ministério fiscal solicitava a este efeito a presença do chefe e um cabo da Polícia Local que realizárom o informe sobre os supostos factos e identificárom parte do público assistente ao pleno. Do nosso ponto de vista pom-se de relevo, novamente, o crescente compromisso das Polícias locais galegas com a repressom de baixa intensidade, praticada extensivamente nos principais termos municipais do País. Repressom de baixa intensidade que se foca particularmente a fazer impraticável o exercício da Liberdade de Expressom, identificar o sector da cidadania que participa de movimentos sociais e políticos auto-organizados e agir como guarda pretoriana de autoridades locais que, como se vem demonstrando, agem em multidom de casos como autênticos delinquentes na mais absoluta impunidade. Informaçons anteriores no linque inferior.