Madrid inaugura o bilhete de identidade biométrico que alargará o controlo social

Segundo telétipos da Agência Efe e Europa Press, o Ministério de Interior dou hoje um importante passo adiante na generalizaçom e estreitamento do controlo social sobre a cidadania galega. Trata-se da posta em andamento do sistema de certificaçom do novo bilhete de identidade electrónico. A medida adoptada polo Executivo de Madrid caminha em idêntica direcçom que outras iniciativas jurídicas e policiais aprovadas nos últimos meses: alargar os recursos técnicos e legais do Estado espanhol para o controlo e a vigiláncia sociais. O ministro José Antonio Alonso Suárez inaugurava hoje o mecanismo que gerará os certificados digitais. Estes incorporarám-se aos chips dos novos bilhetes de identidade (BI) electrónicos que incluirám dados identificativos pessoais como a assinatura electrónica, as medidas biométricas do indivíduo e a conformaçom do seu íris ocular. Alonso presidia hoje no Centro de Processo de Dados de San Lorenzo del Escorial a cerimónia de geraçom de chaves que dava passo ao novo documento oficial de que tod@s deveremos dispor. O acto policial foi envolvido dum ambiente de grande acontecimento, assistindo o director geral da Polícia espanhola Victor García Hidalgo e a subsecretária de Interior Soledad López. Qualificada como “transcendente cerimónia”, a inauguraçom do novo sistema de certificaçom garantirá, segundo Alonso, a autenticidade dos BI electrónicos e emitirá os dados a incluir no chip anexo ao documento de identificaçom pessoal. Interior assegura que o novo BI garantirá “a liberdade e a intimidade” das pessoas Adiantando-se a eventuais críticas, o ministro afirmava esta manhá que os novos BI electrónicos serám “absolutamente seguros” do ponto de vista de determinaçom da identidade dos seus portadores e portadoras. O funcionário espanhol assegurava também, botando mao dumha retórica orwelliana, que o chip que incorporará os dados biológicos de identificaçom pessoal no BI d@s cidadá(n)s galeg@s operará “preservando a sua intimidade e liberdade” (sic). Alonso explicou as ‘vantagens’ do novo modelo, à vez que fazia explícita a via pola que avançamos face sociedades do controlo total: a informatizaçom de grandes espaços da vida social. Assim, o ministro expunha a possibilidade de realizar trámites administrativos, comerciais e jurídicos sem necessidade de personar-se fisicamente nos locais de referência como o summum da comodidade e a agilidade nas operaçons que milhares de pessoas realizamos diariamente. Sem embargo, nom apontou as imensuráveis possibilidades que se abrem, desde o controlo as transacçons comerciais até a adscriçom a associaçons cidadás, para o controlo partilhado do indivíduo por corporaçons empresariais e o Estado espanhol. “Ninguém vai interferir nas suas relaçons com a administraçom e as empresas”, afirmou Alonso a respeito do novo bilhete electrónico que estará implantado em toda a Galiza em 2008. O custo total da operaçom será de 314 milhons de euros, 145 dos quais correspondem à produçom de cartons criptográficos. Burgos será a província espanhola a partir da que se irradie o novo sistema que estará vigente até ao 2036 ao conjunto do território estatal. CNI será o depositário das identidades pessoais Boa parte das intervençons oficiais laudatórias para o novo BI dedicárom-se a transmitir a “segurança” técnica em que se encontrava a custódia dos certificados destes documentos frente a ingerências alheias ao Estado. Assim, assegurou-se que a Polícia espanhola investirá 50 milhons de euros para garantir a segurança do novo sistema de certificaçom que é umha iniciativa da DGP e está validado polo Centro Criptológico Nacional espanhol, organismo dependente do Centro Nacional de Inteligência (CNI). O papel dos serviços secretos espanhóis continuará sendo fundamental na gestom e controlo de toda a informaçom a incorporar aos chips. Lembramos que esta mesma semana o parlamento británico aprovava a imposiçom dum bilhete de identidade pessoal para todas as cidadás e cidadáns do Reino Unido. A aprovaçom desta iniciativa parlamentar supunha umha importante vitória pontual de Tony Blair perante as organizaçons civis, umha vez que no Reino Unido nom existia até ao momento BI e a sua imposiçom está associada a um aumento do controlo estatal.