La Voz maneja informaçom do processo contra a AMI da que carecem @s própri@s acusad@s

O processo contra a Assembleia da Mocidade Independentista (AMI) aberto pola Guarda Civil espanhola em 14 de Novembro –‘Operación Castiñeira’- continua ainda sob secreto sumarial, é dizer, a investigaçom permanece aberta, seria possível a prática de jos_content detençons e @s onze militantes até agora imputad@s e os seus advogados ainda nom tenhem acesso à causa. Embora, o diário espanholista La Voz de Galicia –alheio à investigaçom- parece ter mais informaçom do que @s própri@s interessad@s. Esta é quando menos a conclusom a que leva a informaçom aparecida hoje nas páginas de ‘Galiza’ do rotativo e se pode consultar no linque ao pe desta informaçom. Segundo a notícia assinada por Pablo González, a competência sobre a causa judicial iniciada o 14 de Novembro nom estaria ainda definida e flutuaria entre a Audiência Nacional espanhola e um tribunal ordinário compostelano. A polémica sobre que órgao é judicialmente competente no processo contra a AMI é relevante, umha vez que, se se tratar da Audiência Nacional, estariamos perante umha causa “por terrorismo”, dirimida por um tribunal político especial e para a qual as sentenças emitidas poderiam ser consideravelmente superiores. Enquanto, o processamento da organizaçom juvenil independentista por um tribunal ordinário ‘suavizaria’ a dimensom dos tipos delitivos e as penas conseguintes. La Voz assegura que o “contorno independentista” estaria sendo investigado pola Audiência Nacional A ‘notícia’ aparecida hoje afirma que o juíz do tribunal especial situado à frente do processo em 14 de Novembro, Sr. Santiago Pedraz, remitiu no seu dia a instruçom aberta contra a AMI a um tribunal ordinário compostelano trás comprovar que os delitos de que som acusados @s militantes galeg@s nom som competência de Madrid por nom se referirem a “terrorismo”. O receitor do processo judicial de volta à Galiza seria o titular do Julgado de Primeira Instáncia e Instruçom nº 2, o magistrado juíz Francisco Javier Míguez Poza, pessoa conhecida em círculos judiciais e políticos galegos pola sua marcada posiçom anti-nacionalista. Sem embargo, segundo assegura Pablo González, Poza teria remitido o processo ao tribunal político especial. O magistrado compostelano procuraria a sua inibiçom no caso através dumha carta enviada ao Julgado de Instruçom Central nº 3 da Audiência Nacional, de que é titular a Sra. Teresa Palacios, trás constatar segundo a mesma fonte que nele “já existe aberta umha causa contra o contorno independentista galego por actos relacionados de forma genérica com o terrorismo”. Embora em nengum momento cita a fonte, o rotativo corunhês fai-se porta-voz da existência dum processo judicial muito mais amplo do que o aberto contra a AMI, umha vez que o termo “contorno independentista galego” é absolutamente indefinível do ponto de vista jurídico e abrange pessoas e entidades associativas, anti-repressivas, políticas e inclusivamente culturais que poderiam estar sendo “investigadas” polo tribunal especial. A informaçom ao respeito é explícita e impede elucubraçons: La Voz anuncia que “a investigaçom nom está dirigida em exclusiva contra a AMI, senom que também há membros de outras organizaçons do nacionalismo radical da Galiza”, qualificativo utilizado para referir-se à militáncia e organizaçons soberanistas. Finalmente o diário espanholista assegura que “transcendeu” (sic), como se o sumário sob secreto fosse material manejado na redacçom do jornal, que a investigaçom procuraria “previr diversos actos de sabotagem” na Galiza. Segundo a informaçom, Poza teria decidido inibir-se no processo trás constatar que a juíza Teresa Palacios “estava instruindo um sumário sobre o movimento independentista galego”. Duas causas abertas em Madrid La Voz de Galicia anuncia, portanto, que existiriam duas causas abertas contra o MLNG no tribunal político especial de Madrid. A primeira, no Julgado de Instruçom Central nº 4, e relativa às independentistas Giana Rodrigues e Ugio Caamanho, acusad@s da deposiçom dum artefacto explosivo na sucursal central de Caixa Galicia em Compostela dous dias antes do Dia da Pátria, e a segunda, o processo “contra o contorno independentista galego”, de limites tam indefinidos como preocupantes. Tratando de ocultar o carácter político das hipotéticas iniciativas judiciais, La Voz assegura que “é necessário recordar que a operaçom nom ia dirigida contra a AMI como organizaçom” e criminaliza gratuitamente as pessoas detidas na ‘Operación Castiñeira’ a quem define como “os mais radicais” e relaciona com a possível comissom de acçons tipificadas como delitivas. Jornalismo policial e resposta de Ceivar A ‘notícia’ do jornal de maior difusom na CAG nom deixa insensível a qualquer militante nacionalista. Cheia de imprecisons, falsidades e inçada dumha subjectividade anti-independentista -além de demonstrativa de que La Voz maneja com fluidez informaçom policial e judicial confidencial-, a nova aparecida hoje poderia ser a preparaçom da opiniom pública para futuros operativos repressivos contra o MLNG. Operativos que, segundo o “anúncio” que assina Pablo González, podem alcançar –se as informaçons som verazes- nom apenas a AMI, mas o conjunto do tecido associativo independentista. Encontrariamo-nos, portanto, perante umha operaçom simultaneamente policial, judicial e mediática de profundo carácter político, destinada a criminalizar a militáncia e as organizaçons soberanistas e, hipoteticamente, processar mais militantes além d@s 13 que agora se encontrarim encausados na Audiência Nacional. O momento político, marcado polo consenso de PSOE, BNG e PP na reforma estatutária e o histórico acatamento do Estatuto de Autonomia polo Bloco, seria o oportuno para dar um golpe repressivo a quem, desde multidom de associaçons, organizaçons e mesmo desde a pura individualidade, trabalhamos social e politicamente para que se respeite e reconheça o direito de autodeterminaçom e um futuro livre e soberano para o nosso País. Informar, por último, de que Ceivar estudará a possibilidade de iniciar acçons legais contra La Voz de Galicia, umha vez que a confidencialidade e privacidade de documentos judiciais poderia ter sido gravemente violada com a intençom instrumental de criar um clima social favorável a medidas repressivas contra o independentismo, além de submeter as pessoas imputadas pola Guarda Civil a um “juízo mediático” prévio.