Dous independentistas vigueses irám a juízo por “desconsiderar” à autoridade

A meio dum panorama onde quatro polícias locais vigueses acabam de ser indultados e reincorporados ao corpo repressivo municipal trás anular-se umha sentença que os condenava a prisom por sequestrar e agredir Mamadou Kane, a liberdade de expressom é perseguida policial e judicialmente e se prepara umha nova restriçom de liberdades sob a legenda das ‘ordenanças de civismo’, dous independentistas de Vigo sentarám-se nas bancadas dos julgados locais por “desconsideraçom” face a autoridade. O episódio repressivo cuja vista se desenvolverá amanhá no Julgado nº 1 de Vigo a partir das 10:40 da manhá remite-nos para Abril de 2005. Os militantes independentistas Júlio S. e Óscar G. eram abordados por umha patrulha do 092 na rua Elduayen quando colavam cartazes convocando umha mobilizaçom vicinal contra o PGOM aprovado por PP e BNG. Segundo fontes vicinais, a alcaldia declarara “Toleráncia Zero” para evitar a difusom da convocatória, implicando-se activamente os agentes da Polícia municipal em aplicar a ordem. Grande despregamento policial e invençom dum novo tipo delitivo Trás a abordagem, os cidadáns vigueses eram cominados a identificar-se e mostrar os efeitos pessoais que portavam nas sacas. Perante a negativa a acatar o tratamento vejatório e a vulneraçom da sua privacidade, três unidades policiais deslocavam-se a Elduayen ao mando dum sargento que exigia novamente a documentaçom dos retidos. Ambos entregavam finalmente os bilhetes de identidade ante a perspectiva de serem conduzidos à esquadra. Aliás, um agente extraia sem permisso um cartaz da saca portada por Óscar G., que era imobilizado violentamente por três polícias por protestar por esta actuaçom. Os independentistas denunciárom a Polícia municipal no Julgado de Guarda por “substracçom” e “violaçom da intimidade”, enquanto esta acusava-os de “desconsideraçom” (sic) à autoridade. O processo contra os dous militantes celebrará-se amanhá nos julgados de Vigo. Por parte de Ceivar, queremos denunciar um tratamento discriminatório evidente: enquanto torturadores de uniforme, com condenaçons em firme, som indultados e reincorporados à Polícia local, o tecido associativo independentista e as pessoas que o componhem som submetidos a um permanente assédio policial e judicial de baixa intensidade. Sirva como mostra este episódio no que pessoas que nom cedem à arbitrariedade rematam sendo processadas. Convocamos, por último, a solidarizar-se amanhá com os processados fazendo acto de presença na vista judicial a partir das 10:40.