Bugallo assume implicitamente que a “insegurança” foi a excusa para fazer da capital umha cidade policial

Paralelamente à sua configuraçom como destino turístico de primeira ordem e o aumento da exclusom social no seu interior -22% da vizinhança vive sob o ‘umbral de pobreza’-, a capital galega sofreu na última década um intenso processo de policializaçom. A criaçom estratégica de ‘insegurança cidadá’, alimentada por rotativos, cadeias de rádio e autoridades locais, servia de coarctada para impulsionar este processo. Recentes dados oficiais ponhem de relevo a insustentabilidade e falsidade do argumento. Segundo o Ministério de Interior, a cidade tivo em 2005 o ‘índice de delinquência’ mais baixo desde 1985. Concretamente, o ano passado denunciavam-se 1247 actuaçons tipificadas como delito e descendia em 277 o número dos mesmos frente a 2004, o que implica umha queda percentual de 18.2 pontos. O facto engade-se às cifras publicadas recentemente segundo as quais a comissom de delitos na CAG é 20 pontos percentuais sob a meia estatal. Engadir, aliás, que, segundo afirmava o 13 de Janeiro o alcalde de Compostela, minimizando a importáncia destes factos, a maioria responde a “incidências sobre veículos” e “nom há homicídios que assinalar”. Incremento da presença policial continuará e nom deriva dumha maior “insegurança cidadá” No entanto, apesar das estatísticas oferecidas polos criadores dumha artificiosa ‘insegurança’, a cidade é inçada de câmaras policiais; a rátio de agentes da repressom por habitante é umha das mais altas do País, convergendo num pequeno contorno urbano de menos de 100.000 pessoas recenseadas quatro corpos repressivos e numerosas empresas de segurança privada; o intervencionismo policial nas mais variadas esferas da vida social –ócio, liberdade de expressom, centros de ensino, militáncia política, consumo minorista de drogas ilegais, mocidade, etc.- é manifesto e crescente e a criaçom de alarme social por volta de qualquer incidência delitiva –olhe-se, como exemplo, o diário fascista El Correo Gallego- é a tónica dominante. O regedor local Sánchez Bugallo gavava-se anteonte à luz duns dados reiterados em sucessivas estatísticas interanuais da caracterizaçom de Compostela como “cidade segura”. Embora, ele próprio desmontava o argumento que tem servido como sostém dum continuado aumento da presença e o intervencionismo policial na vida cidadá. Quem desde há anos é o rosto institucional da conversom da capital galega numha cidade repressiva e agitou sistematicamente o argumento da ‘insegurança’, nom tinha reparos em qualificar de “sucesso” as cifras apontadas e afirmar que, quanto a ‘vandalismo’, a cidade pode sentir-se “francamente afortunada”. Contodo, as demandas e os projectos de alargar os quadros de pessoal policial por parte das autoridades locais continuam o seu rumo. Sob a batuta da Delegaçom do Governo, PSOE, BNG e PP, reunidos no Conselho Local de Segurança, desenham e construem umha cidade ‘segura’ para o denominado turismo de qualidade e antisocial e repressiva para a própria vizinhança.