Mercedes Gallizo defende a produçom industrial nos cárceres sob baixos salários

Tem-se dito que afirmar as mais grandes mentiras é um privilégio exclusivo dos muito poderosos. Se atendemos às declaraçons que realiza ontem ao diário madrileno El País a directora geral de Instituiçons Penitenciárias, Mercedes Gallizo, concluiremos que a alta funcionária de Interior encontra-se na citada categoria de privilegiados e dispom do direito ao cinismo absoluto. Apresentada mediaticamente como umha ‘renovadora’ das políticas penitenciárias, a máxima responsável do Estado pola gestom dos centros penitenciários e as vidas das 61.000 pessoas privadas de liberdade no Reino de Espanha assegura que “som umha revoluçom andante”. Gallizo define a sua política carcerária como “transformadora”, embora reconhece que o aumento da populaçom reclusa é produto do endurecimento de leis que o PSOE nom alterará e admite que o acesso a regimes de semi-liberdade é hoje mais difícil do que no passado. Autodefinida como umha pessoa com “umha trajectória muito longa na esquerda”, Mercedes Gallizo nom duvida no entanto em oferecer ao patronato a barata mao de obra reclusa como um apetecível negócio. Trás as recentes declaraçons em que assegurara que, em dous anos, metade dos presos e presas do Estado teriam trabalho remunerado, Gallizo afirma agora que “queremos explicar aos empresários que é mais rendável trabalhar num centro penitenciário que a 5000 quilómetros, noutro país”. A sobreexploraçom de pessoas presas, sem direito a sindicaçom e sob um regime disciplinar militarizado, está a ser aplicada em centros penitenciários como o da Paradela (Teixeiro) onde empresas do automóvel e a confeiçom disponhem de instalaçons dentro do próprio cárcere. Anexamos a ligaçom com a entrevista realizada por El País e extraida do web Indymedia Galiza e recomendamos visitar a informaçom sobre a sobreexploraçom em Teixeiro publicada o passado dia 21 de Dezembro no nosso portal (página 7 das jos_content).