‘Delegación del Gobierno’ despregará polícias de todos os corpos e ‘guardias civiles’ no contorno dos colégios da CAG

O Estado espanhol desdobra umha ampla panóplia de recursos de controlo e repressom a meio do extendido clima de indolência social que favorece o seu assentamento. O ministro espanhol de Interior, José Antonio Alonso, anunciava ontem o ‘Plan Estratégico de Respuesta Policial’. A iniciativa alarga o controlo policial da juventude nos centros de ensino e completa-se com outros planos específicos para estaçons de autocarros, centros de transporte e inclusivamente áreas e locais de ócio. Sinteticamente, a medida, que olha a mocidade galega como ‘problema de ordem pública’ necessitado de tratamento policial, incide em leit motivs reaccionários já empregues polo PP para legitimar socialmente as suas reformas penais e alvisca o despregamento de agentes da repressom nas proximidades dos colégios da CAG durante os dous próximos anos. ‘Guardia Civil’, Polícia espanhola, a futura Polícia Autonómica e as Polícias municipais participarám cooperativamente na vigiláncia dos centros de ensino. A terminologia empregue por Alonso trasluze a óptica puramente repressiva com que o Estado foca a mocidade galega e os fenómenos de exclusom social que a afectam. Fala-se assim em ‘centros conflitivos’, ‘zonas de risco’, ‘aumento da pressom’, ‘optimizaçom dos recursos policiais’, etc. e dum pacote de iniciativas onde áreas de ócio, estaçons de autocarros e caminhos de ferro e outros locais onde se reune ou por onde transita a juventude aparecem como alvos da vigiláncia. Alonso anunciou, aliás, a “necessidade” de acrescentar a pressom policial sobre os locais onde se consumem drogas ilegalizadas e/ou produz o tráfico das mesmas a pequena escala; umha medida que com certeza se traduzirá na extensom da presença policial à paisana nos citados locais. Ameijeiras Vales supervisará o plano no território da Galiza administrativa Nom existe desenho repressivo eficaz sem umha execuçom e seguimento sobre o terreno. O ‘Delegado del Gobierno’ espanhol Manuel Ameijeiras Vales será quem se responsabilizar politicamente da aplicaçom do desenho policial de Madrid com a colaboraçom dos ‘subdelegados provinciales’ Obdulia Taboadela Álvarez (A Corunha), Jesús Otero Calvo (Lugo), Camilo Isaac Ocampo Gómez (Ourense) e Delfín Fernández Álvarez (Ponte Vedra). Ameijeiras Vales assumirá como máximo chefe policial nas quatro ‘provincias’ a execuçom do plano e supervisará e coordenará os distintos corpos repressivos e administraçons implicadas na iniciativa. Aliás, o ‘Delegado del Gobierno’ designará e apresentará antes da vindoura segunda-feira um mapa das ‘zonas de risco’ (sic), isto é, aquelas onde for mais provável o pequeno tráfico de drogas ilegalizadas, face despregar sobre estas os efectivos disponíveis para o controlo de colégios e áreas de ócio juvenil. Embora o superior de Ameijeiras Vales incidiu particularmente no facto de que os efectivos policiais nom penetrarám fisicamente nos colégios, o desenho do dispositivo de Interior é mais esclarecedor do que qualquer declaraçom de intençons: o departamento despregará os corpos policiais nas proximidades dos centros, durante o tempo de formaçom regrada, nas zonas de descanso e nas actividades extra escolares. Com ‘as drogas’ como coarctada legitimadora, o PSOE dá mais umha volta de porca no controlo e a vigiláncia da mocidade galega.