Grupo Voz fai apologia da exploraçom das pessoas presas na Galiza

O diário La Voz de Galicia obsequiava os seus leitores e leitoras o passado domingo com umha reportagem sobre a exploraçom de pres@s nos cárceres da Galiza por parte de empresas que utilizam mao de obra encarcerada. O trabalho assinado por E. Vázquez Pita é um canto às supostas virtudes desde sistema de aplicaçom generalizada nos USA, chegando inclusivamente a afirmar que “quando um preso se enfunda o macaco de trabalho deixa de sé-lo”, embora os salários sejam de miséria e o trabalhador continue privado de liberdade. Sectores como a automoçom, o téxtil e a construçom olhárom nas pessoas presas umha ideal mao de obra sem possibilidade de sindicaçom, submetida ao duro regime disciplinar penitenciário e perceptora duns salários muito mais baixos do que os recebidos pol@s trabalhador@s ‘livres’. Assim, Vázquez Pita informa-nos de que 35 presos de Teixeiro trabalham no talher de ferralha que ‘Servicios y Suministros Noroeste’, com sede em Melide, tem instalado no centro penitenciário de alta segurança. As instalaçons e a sua mantença, a luz, a limpeza e outros gastos habituais das empresas correm a cargo do Estado espanhol. A informaçom indica aliás que a nave de Teixeiro fai parte das instalaçons desta prisom construida há agora sete anos. Segundo Manuel de Pedro, coordenador na Galiza do ‘Organismo Autónomo de Trabajo Penitenciario y Formación para el Empleo’, o trabalho com infrasalário é “algo totalmente voluntário”. De Pedro convida os empresários galegos a conhecer as vantagens da produçom com pessoas presas e em condiçons nom 62ráveis com @s operári@s ‘livres’. “Temos naves industriais e talheres disponíveis, nom tenhem mais que contactar com nós”, assegura o funcionário espanhol. Quinze pequenas fábricas operam nos centros de reclusom da Galiza O caso de Teixeiro nom é o único onde se realiza a exploraçom de pessoas presas. Além deste, existem na Galiza administrativa um total de 15 talheres produtivos que “conformam umha indústria auxiliar vital para sectores chave da economia galega como a automoçom, o téxtil ou a construçom, já que exercem de proveedores a baixo custo de componhentes que, de outra forma, se produziriam em países de mao de obra mais barata”, relata o jornalista Vázquez Pita com satisfacçom. O conflito da empresa de cablagens Valeo em Ourense desvelara a existência dum outro talher de produçom nestas condiçons. A reportagem informa aliás como alguns empresários estám a deslocalizar as suas factorias das prisons galegas para a Índia e a Turquia, onde os salários som ainda mais baixos. Contodo, Manuel de Pedro nom deixa de anunciar as possibilidades que oferecem Teixeiro (1438 pres@s) e A Lama (1479), as prisons com mais populaçom reclusa da Galiza. “O empresário tem a vantagem de contar com umhas instalaçons 62das, recursos humanos flexíveis (sic) e umhas condiçons que lhe vam permitir ganhar competitividade”, assegura em alusom aos infrasalários e o pagamento polo Estado de parte dos custos de produçom. Também o novo director do macrocárcere de Teixeiro, Antonio José Vázquez, sucessor do opusdeísta Carmelo Vilches, nom escatima louvanças ao sistema de exploraçom das pessoas presas. “A actividade laboral gera autoestima, proporciona-lhes uns hábitos positivos e o interno adquire umha qualificaçom laboral”, aponta o funcionário de prisons quando fala duns trabalhadores cujos salários por jornadas que em casos ultrapassam as 8 horas diárias nom passam de 500 euros mensais. Pessoas presas pagam o seu encarceramento 895 pessoas presas trabalham nestas condiçons no nosso País sobre um total de 4254 reclusos e reclusas. Apontar como exemplo da produtividade que alcançam as factorias penitenciárias os 20.000 quilos de peças elaboradas que cada mês saca de Teixeiro a empresa Servinor. O regime interno da prisom susbtitue, aliás, o pessoal de controlo que contratam as empresas. Segundo assegura Fernando Pampín, engenheiro chefe da factoria de presos de Servinor em Teixeiro, “venho umha vez por semana, mas o mando do talher está a cargo dos próprios internos”. A reportagem de Vázquez Pita aponta, por último, como um anúncio das ‘potencialidades’ deste sistema importado das prisons estadounidenses, que a situaçom do sistema penitenciário espanhol “induz a apostar na produçom como umha das melhores fórmulas de reinserçom, mas também de sustentabilidade das prisons”, sugerindo que o Estado poderia desbotar fazer investimentos nos centros penitenciários, sendo estes financiados polo trabalho de operári@s encarcerad@s.