Publicamos manifesto ‘Em defesa dos nossos direitos. Paremos a repressom’

Como informaramos a semana passada, um amplo abano de colectivos sociais, meios de comunicaçom, organizaçons juvenis, grupos feministas, partidos políticos, centros sociais, associaçons vicinais, entidades ambientalistas, etc. venhem de convocar para o vindouro domingo 18 de Dezembro umha manifestaçom nacional sob a legenda ‘Em defesa dos nossos direitos. Paremos a repressom’. A iniciativa será impulsionada pola Plataforma Galega contra a Repressom, entidade criada para dar umha resposta unitária, nacional e suprapartidária à regressom que estamos a viver nos últimos anos em matéria de direitos e liberdades e, particularmente, trás o grave salto qualitativo que suponhem as detençons, assaltos de moradas e centros sociais e ataques a meios de comunicaçom soberanistas realizadas pola Guardia Civil desde 14 de Novembro. A nómina de entidades que se podem somar à plataforma continua aberta até 12 de Dezembro próximo. De Ceivar oferecemos o correio ceivar@ceivar.org para aquelas associaçons e colectivos de todo o País interessados em comunicar a sua adesom a esta iniciativa de contestaçom social à repressom. A adesom à manifestaçom nacional presupom a aceitaçom do manifesto que anexamos mais abaixo e o pagamento de 25 euros por organizaçom para sufragar os gastos de preparaçom da mobilizaçom. O nosso organismo convida todos os colectivos autoorganizados da Galiza a apoiar a iniciativa da Plataforma Galega contra a a Repressom. Este é na íntegra o manifesto a assinar polas entidades participantes, Em defesa dos nossos direitos Paremos a repressom A constante acossa e perseguiçom, própria dum Estado profundamente anti-democrático, a que estám submetidas os movimentos sociais, políticos e sindicais na Galiza acadárom nos últimos tempos níveis alarmantes. Mostra disto som as vagas repressivas da Guardia Civil contra a juventude galega organizada, concretamente as operaçons “Cacharrón” contra BRIGA e “Castiñeira” contra AMI, esta última posta em marcha com o respaldo da Audiência Nacional e no marco da qual forom detid@s 10 independentistas e assaltados, além das moradas d@s detid@s, os centros sociais da Gentalha do Pichel, a Esmorga e a Revolta, roubando informaçom interna da organizaçom juvenil atacada, as suas infraestruturas e recursos económicos das suas e dos seus militantes, além de paralisar duas webs independentistas. Ante estos graves factos manifestamos, – Este salto qualitativo afecta-nos a tod@s, já que instaura um antes e um depois, um perigoso precedente depois do qual qualquer organizaçom, plataforma, associaçom ou agrupaçom pode ser considerada nom grata, pode ser declarada associaçom ilícita em funçom de interesses particulares. – A nossa mais rotunda condena ao circo mediático-policial da que fôrom objecto as 10 pessoas detidas. Os mesmos meios de comunicaçom que nom dedicam nem umha só linha ou minuto a informar das numerossas actividades dos Centros Sociais assaltados ou às organizaçons populares, cobrírom intensamente os saqueios e detençons alentando um julgamento paralelo no que o veredito já estava ditado. – A criminalizaçom e perseguiçom dumha determinada organizaçom ou colectivo pola mera razom de pretender mudar a actual ordem de cousas nom só é umha mostra de autoritarismo político, senom que é um grave atentado aos nossos direitos políticos e colectivos, umha mutilaçom irreparável da liberdade de expressom e associaçom que nom pode ser permitida. – Esta nova vaga repressiva pom em evidência os graves défices democráticos do Estado espanhol onde as ideias dessidentes som perseguidas com impunidade e o papel do PSOE do talante como continuador das políticas de constantes recortes das liberdades e dos direitos colectivos, iniciadas nos oito anos de governo do Partido Popular. – Fazemos um chamamento ao conjunto das organizaçons, colectivos e pessoas a título individual, a solidarizar-se com a juventude independentista acusada de associaçom ilícita e evitar o intento efectivo de coarctar a auto-organizaçom popular. – É o momento de dar umha resposta como País, coesionada e sem fisuras, por cima das siglas e dos matizes ideológicos e políticos, a quem quere impor a lei do siléncio e impedir a auto-organizaçom da nossa sociedade a todos os níveis. Galiza, 18 Dezembro de 2005