130 pessoas mobilizam-se contra a detençom da independentista Maria B. F.

Convocadas polo nosso organismo, 50 pessoas em Vigo e 80 em Compostela mobilizavam-se ontem para exprimir o seu rechaço à campanha repressiva contra a AMI, continuada anteontem com a detençom da militante Maria B. F. Como anunciamos, a jovem independentista saia em liberdade com cargos trás 24 horas em maos da Guardia Civil. Em ambas concentraçons, militantes de Ceivar informárom sobre a situaçom da patriota galega e denunciárom o carácter do operativo policial, centrado principalmente na recolhida de informaçom que permita umha repressom mais afinada contra a formaçom juvenil, a criminalizaçom do independentismo como opçom sócio-política global e o espólio das infraestruturas da organizaçom. Aliás, nom faltaria na nossa opiniom o objectivo de criminalizar o trabalho social que desenvolvem centros como A Revolta, O Pichel e A Esmorga nas suas respectivas comarcas. Procuram informaçom Segundo afirmamos em ocasions anteriores, de Ceivar nom olhamos nas graves e excepcionais medidas repressivas em curso nos últimos dias umha tentativa de “ilegalizaçom” da AMI, umha vez que as dimensons da formaçom juvenil, a sua incidência na mocidade galega e o contexto político geral do País fam “desnecessário” em termos repressivos e inclusivamente “desaconselhável” recorrer a medidas extraordinárias: a eficácia repressiva logra-se, hoje, com medidas muito menos excepcionais e sem necessidade de pisar o acelerador da repressom, como pode ocorrer noutros contextos. Fazemos esta análise da óptica de que, tanto a intervençom da Guardia Civil, quanto a da Audiência Nacional, respondem a parámetros políticos e estratégicos previamente definidos, modulam a repressom em funçom destes e, portanto, no caso presente, possuem umha lógica interna desde a óptica dos interesses da Brigada de Informaçom do instituto armado, embora seja evidente que a nível de opiniom pública o dispositivo tem desmascarado o seu carácter puramente político e de perseguiçom de ideias e associaçons, sensibilizando importantes sectores da sociedade galega. Reproduzimos a seguir a brochura informativa difundida ontem por Ceivar trás a posta em liberdade da companheira Maria B. F. NOM MAIS DETENÇONS POLÍTICAS DEFENDER A TERRA NOM É DELITO Ontem, segunda-feira 21, foi detida novamente em Ourense por agentes da Guardia Civil a militante da AMI Maria B. F. A jovem independentista já fora detida no recente operativo do instituto armado que supujo a detençom, conduçom a Madrid e posta em liberdade de dez militantes da AMI no meio dumha impresionante campanha de criminalizaçom mediática executada pola prática totalidade dos jornais, TVs e rádios presentes na Galiza e silenciada no resto do Estado. Umha semana após, Maria B. F. é acusada pola GC de colocar em Outubro de 2005 três artefactos explosivos na maquinária que construia umha mini-central hidroeléctrica em Rubilhós (A Merca). A independentista foi conduzida ao quartel da Guardia Civil em Ourense e ficou detida toda a noite. Hoje foi posta a disposiçom judicial nos julgados de Cela Nova. A GC tomou a vila e o edifício judicial desde primeira hora, despregando um contingente de 30 agentes e muitos outros à paisana. O seu objecto nom foi outro do que criar um clima de “alarme social” que favorecesse, eventualmente, o decreto da prisom preventiva da militante por parte do juíz. Voluntári@s de Ceivar despregárom umha faixa denunciando esta segunda detençom perante os julgados. Trás horas de declaraçom, o juíz decretava a liberdade da independentista galega com um cargo de “danos”, ficando pendente de juízo e obrigada a acodir a assinar cada semana. Valorizaçom política da presente vaga repressiva De Ceivar valorizamos a detençom de Maria B. F. como mais umha peça do operativo despregado pola GC em 14-N e advertimos contra a possibilidade de jos_content detençons, segundo insistem em anunciar os mass media a partir de informaçom policial. A nossa associaçom valoriza que o objectivo prioritário desta vaga repressiva nom é outro que recabar informaçom sobre a AMI e sobre o independentismo (actas de reunions, computadores roubados, agendas, documentos, listas de sóci@s de centros sociais, etc.). Umha informaçom inacessível sem o emprego de métodos próprios dum Estado totalitário, como registos a ponta de pistola, roubo de computadores, assaltos a locais sociais, ameaças veladas de maus tratos por parte da GC, etc. A Guardia Civil, independentemente de que veja deteriorada ainda mais a sua “imagem” e “prestígio”, prioriza agora a recolha de informaçom para conhecer melhor internamente o independentismo e desenhar novos golpes repressivos para o futuro. Além disto, encontramo-nos perante a colocaçom da AMI no alvo policial e, por extensom, do conjunto do MLNG. Procura-se criminalizar e dificultar o trabalho político e social de centos de pessoas deste País que trabalham em chave independentista, desestruturar a construçom de projectos sociais (roubo de material e dinheiro em centros sociais, domicílios e sedes, criminalizaçom de ideias, etc.), cargar de processos repressivos a militantes concret@s e extender ao conjunto da militáncia umha sensaçom de impunidade e de que qualquera pode ser detid@ e acusad@. O colofom e o objectivo político da vaga repressiva é portanto erosionar política, mediática e economicamente o MLNG e situar-nos à defensiva, centrando o nosso trabalho na defesa frente à repressom. De Ceivar chamamos mais umha vez a nom cair nesta armadilha do Estado e manter a coesom e a solidariedade em momentos que, como agora, a repressom política demonstra estar dando um salto qualitativo de consequências que ainda nom podemos prever com exactitude. Convidamos a todas as pessoas realmente democratas e nacionalistas a permanecer atentas perante futuros actos e mobilizaçons que se podam convocar pola nossa parte ou de outras entidades. Ceivar, organismo popular anti-repressivo 22 de Novembro de 2005 www.ceivar.org