Cifra de guardas privados na Área Metropolitana de Vigo aproxima-se da de polícias locais e estatais

A conversom da “segurança cidadá” num lucrativo negócio e a sua privatizaçom progressiva som processos que caminham da mao e tenhem direcçom estatal. Segundo informa hoje o diário Faro de Vigo, a presença de vigilantes privados na cidade olívica e o seu contorno já se aproxima da cifra de polícias do CNP e agentes locais. Concretamente, trata-se de 802 vigilantes privados pertencentes a companhias como Securitas, Esabe, Cetssa ou Prosegur, frente a 500 agentes da Polícia espanhola e 380 da Polícia Local, alargáveis proximamente em 26 praças, segundo dados da associaçom corporativa policial SUP. Resulta sintomático a respeito do processo de privatizaçom da “segurança cidadá” o facto de que as administraçons públicas sejam um dos principais clientes destas empresas, assim como o progressivo alargamento competencial que estas estám a alcançar, exercendo funçons antes reservadas aos corpos repressivos públicos (escoltas, controlo de explosivos, espionagem industrial, vigiláncia de instituiçons oficiais, etc.). Contodo, o marco legal espanhol em matéria de segurança privada define até o momento a preeminência funcional da Polícia espanhola e a Guardia Civil sobre estas companhias, dispondo os primeiros inclusivamente de faculdades de fiscalizaçom sobre as segundas e agindo estas como polícias auxiliares. Dous mil controladores na Área Metropolitana de Vigo Junto a esta importante presença de efectivos policiais estatais e privados, há que somar, segundo a fonte citada, a presença na comarca viguesa de 2000 vigilantes denominados “controladores”, agentes uniformados sem competências para intervir, portar armas ou identificar pessoas, mas utilizados como permanente presença “dissuassória”. Realmente, a inflaçom desta modalidade de vigiláncia policial –que remete, em última instáncia, ao CNP- deriva do facto de a contrataçom por parte das empresas ser mais económica –nom exigência de qualificaçom para as funçons desempenhadas- e a sua efectividade dissuassória frente à cidadania, similar.